
Segundo os investigadores, eram abertas contas bancárias com documentos falsos em nome dos futebolistas e depois solicitava-se a transferência dos salários aos bancos onde as verbas tinham sido depositadas pelos clubes.
As autoridades não divulgaram nomes de jogadores envolvidos, mas a imprensa local adianta que vários jogam no 'Brasileirão', como é o caso de Gabriel Barbosa, do Cruzeiro, e o argentino Walter Kannemann, do Grêmio.
Desta forma, foram desviados mais de um milhão de reais (cerca de 156 mil euros), dos quais apenas 135 mil (21 mil euros) foram recuperados.
Uma vez na posse dos fundos, os autores da fraude transferiam o dinheiro para outras instituições financeiras, faziam compras e levantamentos em máquinas ATM, para complicar o seguimento e recuperação das verbas, segundo o ministério da Justiça do Brasil.
O inquérito teve início em janeiro, depois de um banco detetar irregularidades em operações nas contas de futebolistas. O banco corrigiu o problema assim que se deu conta da fraude e reembolsou as vítimas, que não estavam ao corrente do ocorrido.
A operação policial desencadeada, que recebeu o nome de 'Falso 9', mobilizou mais de cem polícias, em quatro estados brasileiros. Foram emitidas 33 ordens judiciais, nomeadamente mandados de detenção e de buscas.
Os suspeitos arriscam 33 anos de prisão, por fraude, usurpação de identidade, organização criminosa e branqueamento de capitais.
FB // AJO
Lusa/fim