Palmeiras e Botafogo empataram 2-2 no Allianz Parque, em São Paulo, na madrugada desta quinta-feira, um resultado que apura os cariocas, vencedores da primeira mão, no Rio de Janeiro, por 2-1. Mas o jogou ficou marcado por uma segunda parte louca, com a equipa de Artur Jorge a chegar ao 2-0, por Igor Jesus e Savarino, e a permitir o empate dos homens de Abel Ferreira, aos 86’ e 90’, por Flaco e Rony, e ainda a reviravolta, aos 90+4’, por Gómez, que acabaria anulada pelo VAR. A seguir, Menino chutou à trave do guarda-redes John num livre. Ufa.   

«Tínhamos pela frente um rival de grande qualidade, essa parte final demonstra o espírito deles», admitiu Artur Jorge, ainda a recuperar da intensidade do jogo. «Mas acho que nos dois encontros fomos superiores, não só em casa, mas aqui também, fizemos uma primeira parte muito sólida, na segunda fomos eficazes no que criamos e tivemos oportunidade de fazer mais golos, já estes últimos cinco minutos loucos tiraram-nos a possibilidade de vencer as duas partidas, que era o que queríamos».

O português só não gostou de ver a equipa permitir a recuperação palmeirense. «Temos exigência máxima, não pode acontecer, eu, enquanto treinador, pergunto-me o que fiz de errado para que isso acontecesse», afirmou. «Agora», disse ainda Artur Jorge, «estamos em duas competições, muito bem-posicionados em qualquer uma delas, mas ainda com 15 jogos pela frente no Brasileirão e mais cinco se chegarmos à final da Libertadores». E concluiu: «Como evitar o trauma do ano passado? Não vamos falar sobre isso, vamos falar de 2024.»

Já Abel lamentou factos que não controla. «Não controlamos a bola bater na trave no último segundo, ou ela bater na mão do Gómez, ou sofrer dois golos no nosso melhor momento porque o nosso aniversário foi letal e foi melhor em apenas 15 minutos de 90». «Mas sinto orgulho, mês de agosto difícil, com sorteio difícil, caímos de forma digna com o Flamengo [na Copa do Brasil] com todas as vicissitudes e com sentimento de orgulho com o Botafogo, estamos tristes, mas de cabeça erguida».

«Digo sempre que no dia que não sentir o desejo deles de ganhar, estou a 10 horas do meu país e dos meus pais, mas tivemos 11 finalizações e eles três no primeiro tempo, no segundo, nós 15 e eles cinco, futebol é eficácia e felicidade, além da qualidade do nosso adversário, nós não fomos felizes», completou Abel.

Agora o Palmeiras vai a Cuiabá defrontar a equipa de Petit para o Brasileirão, única prova que disputa e da qual é bicampeão. O Fogão, que espera o vencedor de São Paulo e Nacional na Liberta, desloca-se à casa do Bahia.