
Texto produzido pela redação oGol, portal brasileiro da família zerozero.
Charlotte conheceu o Time de Guerreiros. A Internazionale pode falar do calor, do final da temporada, da falta de sorte. Mas o dia 30 de junho ficou marcado pelo Fluminense, de Ignácio, um gigante, de Fábio, sempre decisivo. Do artilheiro Cano, do Monstro Thiago Silva, do insuperável Arias. A torcida tricolor ficou "louca da cabeça" nas bancadas com a vitória que levou o Tricolor às quartas do Mundial de Clubes. Cano marcou no início, Hércules no final e o Flu segue adiante para enfrentar Manchester City ou Al Hilal.
O Tricolor das Laranjeiras teve uma atuação que beirou a perfeição, com escolhas acertadas de Renato Gaúcho e uma dedicação impressionante dos 11 Guerreiros em campo, que escreveram um capítulo bonito da história tricolor. Dia de festa tricolor, de Charlotte até as Laranjeiras.
Cano e o início dos sonhos
O Fluminense viveu o início dos sonhos. Após Martinelli recuperar a bola no campo de ataque, Arias surgiu pela direita e cruzou na área. A bola se ofereceu para Germán Cano, de cabeça, completar na pequena área e dar vantagem ao Tricolor.
O golo não alterou o cenário previsto para o jogo: a Inter foi para cima, mas agora necessitava de mais golos. A primeira grande oportunidade surgiu de um passe longo que encontrou Mkhitaryan na área. O arménio protegeu e preparou para Di Marco, que chutou forte. Fábio defendeu.
Recuado, o Flu tinha espaço para o contra-ataque, e contava sempre com Arias para os momentos de alívio. Tanto para segurar mais a bola, quanto para chegar ao último terço com perigo. Por muito pouco, não saiu o segundo golo. Arias preparou para arriscar de longe, Sommer largou e Samuel Xavier ficou com a sobra, mas rematou para fora. Grande oportunidade desperdiçada.
Faltou, também, um pouco de sorte aos cariocas. Samuel Xavier cruzou da direita, Thiago Silva cabeceou para Renê, que deixou para Ignácio só empurrar para dentro. Mas o defesa estava com meio corpo à frente da linha da bola, e o golo acabou anulado. Um pecado também pelo jogo espetacular que fazia até ali, e continuaria a fazer, Ignácio.
Foi uma primeira parte mais do que positiva para a equipa de Renato Gaúcho. Um verdadeiro Time de Guerreiros, que fechou a porta a um rival poderoso, mas também jogou, e poderia ter ido ao intervalo com uma vantagem maior.
À bênção, João de Deus
O Fluminense continuou a defender bem, com uma linha de 5, contra uma Inter que mostrava cada vez mais sinais de cansaço. Tanto que Chivu não esperou mais que sete minutos para fazer as primeiras substituições.
Além de se defender bem, o Tricolor conseguia passar o tempo com a bola nos pés. Com tranquilidade, com Arias cadenciando e controlando o tempo, Bernal distribuindo, e Nonato surgindo em todo o lado do campo.
O Flu também criava para fazer o segundo. Sempre com Arias protagonista: após um corta-luz de Cano, o colombiano rematou bonito de fora da área. A bola fez a curva e foi no cantinho. Sommer esticou-se todo para fazer uma grande defesa.
Sem conseguir chegar com bola corrida, a Inter aproveitou a sobra de uma bola parada para chegar muito perto do empate. Lautaro recebeu cruzamento na segunda trave, mandou para o meio e De Vrij teve tudo para marcar na pequena área, mas atuou como defesa e mandou para fora.
Os Nerazzurri voltaram a chegar perto numa cobrança de falta de Di Marco: a bola passou por cima da barreira e foi muito perto do poste. Os tricolores recuaram e passaram a sofrer mais com os cruzamentos italianos. Na sobra de outro deles, Lautaro procurou o canto de canhota, mas lá estava Fábio para segurar a bola. O duelo repetiu-se pouco depois, numa finalização mais forte do argentino. Fábio brilhou.
Nos minutos finais, os cariocas organizaram-se em 5-4-1, e Renato aumentou a estatura da equipa com Thiago Santos. O drama aumentou, mas o Flu sustentava-se. Até quando Lautaro fez tudo certo, o poste salvou. A torcida já pedia à bênção a João de Deus.
A bênção definitiva veio nos acréscimos, quando os ventos de Charlotte sopraram a favor dos Guerreiros Tricolores. Após cobrança de lateral e desvio da defesa, a bola mudou de trajetória e sobrou nos pés de Hércules, que avançou em liberdade, chegou na área e rematou de canhota para garantir a vitória, e a classificação. Vence o Fluminense, avançam os Guerreiros.