
O P. Ferreira defronta este domingo (11 horas) o Alverca necessitado de pontos para evitar a descida de divisão. A última derrota empurrou a equipa de Filipe Cândido para o lugar de playoff de permanência, aumentando a pressão.
"Quando aceitei este desafio sabia que a pressão era máxima, portanto, isso não mudou. Tinha e tenho a convicção de que, na minha vida, nunca tive desafios fáceis, foram todos bastante difíceis, inerentes daquilo que foram também as decisões que procurei. Quis procurar desafios que, à partida, pareciam impossíveis e nós fizemos acontecer e dessa forma fui crescendo, fui caminhando, eu até costumo dizer que tenho ido pelas escadas, não fui de elevador. A mim, ninguém me deu nada, e aqui não vai fugir à regra, ou seja, eu não tinha como dizer que não neste momento por tudo isso. Portanto, a pressão já era máxima, quem está nesta posição tem que ter essa consciência. Poderia acontecer vencer e tudo correr bem, como poderia eventualmente acontecer o contrário. Nós nunca podemos deixar de lutar, de ir à procura daquilo que é o melhor, neste caso para o clube que representamos."
Elogios ao Alverca: "Temos que ter consciência do momento. Sabemos que adversário vamos defrontar amanhã, atravessa talvez o seu melhor período e que já vem de longa data, com resultados positivos, que neste momento permite estar a disputar o acesso à 1ª liga. Mas vão ter que levar com Paços, com uma atitude muito forte, com uma concentração acima da média, para que possamos fazer frente a todas as adversidades que este jogo nos vai trazer."
Estratégia: "Preparámos o jogo um pouquinho em função daquilo de dois pontos fundamentais. Primeiro, por onde é que o adversário gosta de caminhar e ao mesmo tempo encontrar algumas portas que nos permitam ser uma equipa perigosa e que possa criar desconforto, neste caso, ao adversário. Queremos que eles sintam que, apesar de momentaneamente não termos bola, possamos ser uma equipa perigosa, assim como quando temos bola, temos que ter sempre muito cuidado. O Alverca tem jogadores que na transição também são muito fortes e, portanto, vamos ter que ter esse mesmo equilíbrio dentro do jogo."
Desilusão dos adeptos: "Entendo o sentimento dos adeptos. Não nos podemos esquecer que estamos a representar um clube que nos últimos anos habituou as pessoas a estar a disputar inclusivamente competições europeias e a conseguir atingir essas mesmas classificações. Mas também não podemos deixar que esse mesmo peso crie a ansiedade que depois pode não permitir os melhores desempenhos dentro do campo. Entendo o sentimento do adepto que se habituou a ver o clube eventualmente noutras posições. Mas ao mesmo tempo, e este foi provavelmente um dos momentos mais difíceis do clube, eu não tive medo de vir."