Fernando Gomes é o novo presidente do Comité Olímpico de Portugal. Dirigente rejeitou possibilidade de ser arguido na Operação Mais-Valia.

Fernando Gomes reagiu à investigação da Polícia Judiciária e do Ministério Público à Federação Portuguesa de Futebol. O atual presidente do Comité Olímpico de Portugal rejeitou a possibilidade de ser arguido neste caso. Eis o que disse o ex-presidente da FPF em declarações à imprensa:

«Intervim numa reação, relativamente a essa investigação, dentro do quadro de competências, que a polícia e o Ministro Público têm. Têm toda a legitimidade para fazer as operações que entendam. Da minha parte aquilo que eu tenho de dizer é que a justiça faça o seu trabalho, que a justiça tem de fazer o seu trabalho e tem de investigar».

«Acima de tudo tem é de ter alguma atuação no cuidado da proteção do nomes das pessoas. Infelizmente, muito há pouco tempo tive uma pessoa muito amiga que desapareceu, que foi enxovalhada publicamente, que no fim foi ilibada completamente e, portanto, a proteção do nome é uma área fundamental que deve ser preservada em todos os momentos, em qualquer investigação», prosseguiu.

Fernando Gomes destacou o facto de não ser arguido nesta investigação:

«Sinceramente, eu não tenho prática de teorias da conspiração. Quanto eu julgo saber, foi uma investigação alargada, de mais de 20 entidades e locais que foram inspecionados. Dentro da complexidade que é organizar uma operação desta tem de ser com algum tempo. Eventualmente poderiam ter pensado que haveria uma tomada de posse do COP. Arguido? Em nenhuma circunstância, está fora de questão».

«Sinceramente, tenho de admitir, até porque não fui contactado em nenhum momento para acederem ao meu computador, para me interrogarem como quer que seja. Soube dessa operação no mesmo dia às 15h43… zero, da minha parte nunca fui citado para o que quer seja. Desconhecia até essa hora que havia essa operação. Até às 15h43, houve zero contactos com Fernando Gomes. Aquilo que eu tenho de dizer é que não conheço os detalhes da operação, têm de perguntar à polícia judiciária e ao ministério público, portanto a normalidade tem a ver mesmo com isso. O facto de não ter sido contactado ou não ter sido indicado ou procurado os meios informáticos, é significativo para mim», referiu ainda.