Mano Silva retoma forma de protesto adotada em 2009
O antigo presidente do Ericeirense António Mano Silva iniciou esta quarta-feira uma greve de fome por tempo indeterminado, alegando dívidas que o clube do concelho de Mafra tem para consigo, enquanto o clube alega falta de provas.
"Iniciei uma greve de fome por tempo indeterminado em protesto contra os dirigentes do clube, que recebeu 2,3 milhões de euros pela transferência do atleta Matheus Nunes do Sporting para o Manchester City e recusa pagar o que o clube me deve", afirmou António Mano Silva à agência Lusa.
O antigo dirigente explicou que, entre 2001 e 2015, quando era presidente do Grupo Desportivo União Ericeirense, foi fiador de empréstimos bancários que o clube contraiu para a construção do complexo desportivo. Em virtude de não conseguir receita suficiente para pagar o financiamento, viu o seu património pessoal, avaliado em mais de seis milhões de euros, ser penhorado.
António Mano Silva contou também que, em 2015, a então direção do clube "recebeu e validou toda a documentação" comprovativa das dívidas, chegando-o a nomear seu representante num negócio da venda do atual campo de futebol por 4,5 milhões de euros, "para liquidação das dívidas".
Já em 2023, com outra direção, o Grupo Desportivo União Ericeirense recebeu 2,3 milhões de euros da transferência do jogador Matheus Nunes do Sporting para o Manchester City. Apesar de haver receitas, a ainda atual direção recusou "qualquer entendimento entre o clube" e António Mano Silva, que acusa os atuais dirigentes de "falsificarem as contas" para ocultar a dívida do clube para consigo. O ex-dirigente acrescentou ainda que, em março de 2024, foi despejado da sua casa, o único património que lhe restava, estando agora em situação de "sem-abrigo".
Questionado pela Lusa, em comunicado enviado, o Grupo Desportivo União Ericeirense esclareceu que "promoveu diversas tentativas para que António Mano Silva concretizasse o valor supostamente em dívida por ele reclamado, assim como das circunstâncias em que esse crédito emergiu". "Interpelado, mais do que uma vez, para apresentar os elementos a comprovar o mencionado crédito, nunca logrou provar documental e contabilisticamente donde emergia o seu crédito", adiantou. Por isso, "não pode proceder a qualquer pagamento", incitando o ex-dirigente a recorrer aos tribunais para dirimirem o litígio.
Já em 2009, António Mano Silva, na altura presidente da direção do Ericeirense, esteve em greve de fome durante vários dias para pedir ao Governo e à Câmara Municipal de Mafra, que "foram parte dos problemas" do clube, que fossem "parte da solução". O então dirigente acusava o município de Mafra de não ter autorizado a instalação de uma superfície comercial em terrenos anexos ao estádio para o clube poder gerar receitas e pagar as dívidas. A autarquia e o Governo também não deram estatuto de utilidade pública ao Ericeirense, condição necessária à instalação de um bingo, com o mesmo intuito.
"Iniciei uma greve de fome por tempo indeterminado em protesto contra os dirigentes do clube, que recebeu 2,3 milhões de euros pela transferência do atleta Matheus Nunes do Sporting para o Manchester City e recusa pagar o que o clube me deve", afirmou António Mano Silva à agência Lusa.
O antigo dirigente explicou que, entre 2001 e 2015, quando era presidente do Grupo Desportivo União Ericeirense, foi fiador de empréstimos bancários que o clube contraiu para a construção do complexo desportivo. Em virtude de não conseguir receita suficiente para pagar o financiamento, viu o seu património pessoal, avaliado em mais de seis milhões de euros, ser penhorado.
António Mano Silva contou também que, em 2015, a então direção do clube "recebeu e validou toda a documentação" comprovativa das dívidas, chegando-o a nomear seu representante num negócio da venda do atual campo de futebol por 4,5 milhões de euros, "para liquidação das dívidas".
Já em 2023, com outra direção, o Grupo Desportivo União Ericeirense recebeu 2,3 milhões de euros da transferência do jogador Matheus Nunes do Sporting para o Manchester City. Apesar de haver receitas, a ainda atual direção recusou "qualquer entendimento entre o clube" e António Mano Silva, que acusa os atuais dirigentes de "falsificarem as contas" para ocultar a dívida do clube para consigo. O ex-dirigente acrescentou ainda que, em março de 2024, foi despejado da sua casa, o único património que lhe restava, estando agora em situação de "sem-abrigo".
Questionado pela Lusa, em comunicado enviado, o Grupo Desportivo União Ericeirense esclareceu que "promoveu diversas tentativas para que António Mano Silva concretizasse o valor supostamente em dívida por ele reclamado, assim como das circunstâncias em que esse crédito emergiu". "Interpelado, mais do que uma vez, para apresentar os elementos a comprovar o mencionado crédito, nunca logrou provar documental e contabilisticamente donde emergia o seu crédito", adiantou. Por isso, "não pode proceder a qualquer pagamento", incitando o ex-dirigente a recorrer aos tribunais para dirimirem o litígio.
Já em 2009, António Mano Silva, na altura presidente da direção do Ericeirense, esteve em greve de fome durante vários dias para pedir ao Governo e à Câmara Municipal de Mafra, que "foram parte dos problemas" do clube, que fossem "parte da solução". O então dirigente acusava o município de Mafra de não ter autorizado a instalação de uma superfície comercial em terrenos anexos ao estádio para o clube poder gerar receitas e pagar as dívidas. A autarquia e o Governo também não deram estatuto de utilidade pública ao Ericeirense, condição necessária à instalação de um bingo, com o mesmo intuito.