O antigo presidente do FC Porto, Jorge Nuno Pinto da Costa, foi homenageado na gala do jornal O Gaiense. Ao som da música A Pronúncia do Norte, dos GNR, assistiu-se a um vídeo com algumas frases e momentos marcantes do histórico dirigente, falecido a 15 de fevereiro.

A plateia aplaudiu de pé a homenagem a Pinto da Costa. Logo de seguida, o diretor do jornal, Filipe Bastos, o Bispo do Porto, D. Manuel Linda, Carlos Queiroz, antigo selecionador, e Lourenço Pinto, ex-presidente da Mesa da Assembleia Geral do FC Porto, subiram ao palco para entregarem a distinção ao antigo presidente dos dragões ao filho Alexandre Pinto da Costa.

Após a intervenção do Bispo, Alexandre Pinto da Costa fez um longo discurso e revelou que vai doar o espólio herdado do pai ao FC Porto.

«Poderia estar aqui a noite toda a recordar as conquistas do meu pai que fizeram dele o maior presidente da história do futebol. Não vou improvisar porque podia ser uma ofensa ao rei dos improvisos. Com a memória prodigiosa e a inteligência suprema que o meu pai tinha poderia ser ofensivo tentar ter essas qualidades», começou por dizer.

«Nunca conheci ninguém que tivesse o dom da palavra e a capacidade para discursar que o meu pai tinha. (…) Agradeço a todos pelo apoio e carinho que recebi dos representantes das mais inúmeras instituições públicas e privadas, desportivas, religiosas, políticas e governamentais. Mas agradeço em especial aos milhares de anónimos que se deslocaram para prestar uma homenagem ao maior presidente de todos os tempos. Obrigado do fundo do coração», continuou.

«Aproveitava este momento para esclarecer publicamente que, ao contrário do foi dito, tentando passar a ideia de que eu ou os meus representantes legais esteve ou estará a negociar com o FC Porto o nome do meu pai para atribuir ao museu do FC Porto o património ou espólio desportivo que ele tinha com a finalidade de eu obter verbas, rendas ou proveitos é totalmente falso. Nunca ninguém poderia falar de algo que não é a minha vontade. Queria tornar pública a minha intenção como herdeiro legítimo da parte do património do meu pai, e após ser feito o apuramento e divisão legal, tudo o que diga respeito ao espólio desportivo e ao museu fabuloso que ele tinha e onde guardava religiosamente todo e qualquer objeto que lhe foi oferecido ao longo de décadas em que esteve ao serviço do FC Porto será doado por mim graciosamente ao FC Porto. Repito, graciosamente, sem qualquer interesse financeiro ou renda futura em troca. É essa a minha vontade e tenho a certeza de que ele ficaria contente com esta minha atitude», acrescentou.