Sinner disse que a culpa era do fisioterapeuta e a realidade é que ao longo dos anos, a responsabilidade pelos controlos positivos é, muitas vezes, do que devia fazer bem e não mal. Seja dos especialistas, seja dos medicamentos que deviam ajudar. A canoísta polaca Dorota Borowska, por exemplo, que também testou positivo, alegou que a substância estava num medicamento com o qual tratou os ferimentos do seu cão e apesar da suspensão provisória, a mesma foi levantada a tempo dela participar em Paris-2024.
A romena Simona Halep, ex-número 1 da WTA, foi suspensa quatro anos por acusar uma substância proibida e irregularidade no passaporte biológico, mas acabou por ver a pena reduzida a 9 meses, alegando que foi contaminação involuntária através de um suplemento.
Um dos escândalos de doping que abalou o ténis foi o positivo da tenista russa Maria Sharapova que segundo a sua própria confissão, ficou a dever-se ao facto de nem ela, nem ninguém da sua equipa, ter lido os relatórios enviados pela AMA, alertando que a substância, meldonium, se tinha tornado probida a partir do dia 1 de janeiro desse ano. A ignorância é também um argumento usado com frequência na Major League Baseball, onde muitos jogadores latinos alegam não saber inglês bem e, portanto, não conseguem compreender ou enganam-se a ler a composição de complexos vitamínicos.
Menos elaborada foi a justificação de Justin Gatlin. Acusou positivo pela primeira vez em 2001, por anfetaminas, e escapou de consequências maiores ao alegar que tomava o medicamento desde criança por sofrer de défice de atenção. Foi campeão olímpico dos 100m em Atenas-2004 e mundial em 2005.Em 2006 já não houve escapatória possível. Gatlin testou positivo para testosterona e foi afastado da competição durante oito anos, mesmo depois de falar em «vingança» do massagista que teria usado um creme de testosterona.