Um hino ao futebol em Dortmund. Alemanha e Itália defrontaram-se, numa partida que acabou sem vencedor, mas com seis golos marcados (3-3).

Costuma-se dizer que «no futebol, são 11 para 11 e, no final, ganha a Alemanha». A partida no Signal Iduna Park provou isso mesmo. Desde o apito inicial, os alemãos mostrarem sempre mais vontade, acutilância e esclarecimento, perante uma seleção de Itália que parecia supreendida pela impetuosidade germânica.

A epopeia alemã começou a ser escrita à meia hora de jogo. Buongiorno derrubou Kleindienst na grande área e Kimmich encarregou-se de converter o penálti, inaugurando o marcador.

O golo sofrido fez mossa nos transalpinos e os anfitirões aproveitaram para fazer o segundo. Numa primeira instânica, Donnarumma fez uma fantástica defesa a um cabeceamento de Tim Kleindienst. O insólito aconteceu logo a seguir. Enquanto o guarda-redes italiano falava com a defesa transalpina, ninguém prestou atenção a Kimmich e a Musiala. O capitão alemão aproveitou a distração dos azurri, marcou rápido o pontapé de canto e assistiu o médio, que atirou para uma baliza completamente deserta (36').

Mas os germânicos não tiraram o pé do acelerador e a Itália continuava a mostrar sinais de nervosismo. Novo erro dos italianos, desta vez na fase de contrução, permitiu que os alemães conquistassem a bola em zona proibida, com Kleindienst a fazer o 3-0, ainda antes do intervalo (45').

Esta foi a história do primeiro tempo. O segundo? Totalmente diferente.

Com o orgulho ferido, os italianos reagiram. Aos 49', os papéis inverteram-se e foram os anfitriões a errar. Moise Kean não hesitou e desferiu um remate potente sem hipóteses para Oliver Baumann.

Sem tempo a perder, a Itália continuou a pressionar... e o golo voltou a aparecer. Novamente Kean em evidência, a bailar à frente de Jonathan Tah e a reduzir a vantagem alemã a um golo (69').

Tudo parecia encaminhar para uma reviravolta histórica e esteve perto de acontecer. Corria o minuto 74 quando o árbitro do encontro assinalou grande penalidade, por falta de Schlotterbeck. O Signal Iduna Park gelou, mas de seguida respirou de alívio quando o juíz da partida voltou atrás na decisão, após revisão no VAR.

No entanto, o penálti acabou mesmo por aparecer. Mão de Mittelstadt na grande área e Giacomo Raspadori a fazer o empate, já nos descontos (90+5').

Até ao fim, a Itália nunca desistiu de procurar o prolongamento, mas sem sucesso. No final... passou a Alemanha.