Ao lado de Fernando Gomes, que hoje tomou posse como presidente do Comité Olímpico de Portugal (COP), Luís Neves, diretor nacional da PJ, aproveitou o momento para fazer um esclarecimento sobre a Operação Mais Valia, nomeadamente em relação ao timing da mesma.

"Uma operação desta natureza, com tantos envolvidos, com magistrados do Ministério Público e representantes da Ordem dos Advogados, não se marca de um dia para o outro. Esta ação já estava programada há variadíssimas semanas. Já tinha sido convidado [para estar na cerimónia da tomada de posse de Fernando Gomes no COP] e estou aqui para dar-lhe um abraço e desejar-lhe as melhores felicidades no seu mandato", começou por dizer no Centro Cultural de Belém, ao lado do anterior líder da FPF.

"A operação já estava marcada há vários dias, não fomos nós quem a noticiou. Tivemos sim a necessidade de esclarecer após ter saído uma notícia. Há arguidos constituídos, não há arguidos detidos. Quero dizer que Fernando Gomes e Tiago Craveiro não são visados neste processo, não há qualquer indício. A investigação já tem anos, tem um objeto bem delimitado. Temos os suspeitos bem identificados", prosseguiu Luís Neves.

"A tomada de posse deste ato foi há poucos dias anunciada. Temos esta ação programada há várias semanas. São muitos intervenientes, há que compatibilizar agendas com juízes, com magistrados, representantes da Ordem dos Advogados. E estando marcada uma operação não há motivos para adiar. Há atos a decorrer ainda"

"Perspetiva-se que haja mais arguidos e mais envolvidos nesta operação", finalizou o diretor da PJ.