Sérgio Conceição foi apresentado esta terça-feira, último dia do ano, como novo treinador do Milan, ao lado do diretor Zlatan Ibrahimovic, falou sobre o que pretende ‘corrigir’ na equipa.

Fonseca falava em fazer jogo dominante, e o Sérgio?

«Chego com as minhas convicções a nível de trabalho e tático. Para mim, o sistema não é tão importante, mas sim a dinâmica em campo. Depois há uma estratégia, uma base, um trabalho sobre princípios que a equipa tem de compreender. O jogo dominante? Para mim, o futebol é simples, muito simples: há um objetivo e é preciso marcar golos e não sofrer. Se depois o jogo dominante significa outra coisa, para mim significa obter resultados. Posse de bola, tiki-taka… para mim, tiki-taka é meter a bola lá dentro.»

Conceição pega na equipa em 8.º lugar. É possível chegar ao quarto lugar [último de acesso à Champions]?

«Há muito trabalho a fazer, temos muitos jogadores importantes. Com os que estão disponíveis, vamos lutar para ganhar. Sou uma pessoa que dorme pouco, que gosta de conhecer todos os pormenores, todos são importantes, desde o jardineiro até ao presidente. Queremos acelerar o processo para chegar rapidamente ao conhecimento mútuo, porque o tempo é curto.»

Que tipo de treinador vai ser?

«Gosto de lidar com todas as áreas. Hoje falei com o nutricionista, tento relacionar-me frequentemente com médicos e fisioterapeutas sobre a recuperação dos jogadores. Todos temos de remar na mesma direção. Temos de ficar entre os quatro primeiros do campeonato, temos um título a disputar desde já e veremos como correm as coisas na Liga dos Campeões»

Falou com Rafael Leão e théo Hernández, que foram afastados por Fonseca?

«Para mim, os jogadores são todos iguais, dependem do que fazem nos treinos, dos 17 aos 34 anos. O máximo é o máximo, não o que cada um pode pensar. Para mim não há diferença. Eles sabem que o discurso é o mesmo para todos e que as exigências são as mesmas para todos. Claro que com o Leão, o meu discurso será diferente do que com outro, porque são personalidades diferentes. Gosto de perceber a história de quem tenho ao meu dispôr: falo com a mãe, o pai, o irmão.... Às vezes há histórias por detrás que justificam muitas coisas.»

Vai abrir o mercado, já falaram do que a equipa precisa?

«Não, porque antes de mais quero conhecer os jogadores. Não só os da equipa principal, mas também os da formação. Primeiro quero conhecê-los melhor e depois podemos ver onde intervir.»