
Carlos Chainho jogou com Jorge Costa durante três épocas no FC Porto e não escondeu a tristeza pela perda de um grande amigo. Presente no último adeus ao mítico capitão dos dragões, o antigo médio destacou o impacto de Jorge Costa como jogador, mas especialmente a sua vertente humana. Chainho apontou à unanimidade em torno do antigo central do FC Porto e da Seleção Nacional.
"O Jorge faz parte da minha história. Foi um grande capitão, uma pessoa incrível, ajudou todos os que chegaram ao FC Porto, e eu não fui exceção, era meu vizinho, cheguei a dar-lhe boleia algumas vezes. Na fase mais difícil, quando cheguei ao FC Porto, em que tinha poucos minutos, ele dizia-me sempre para treinar, porque iria conseguir, e o certo é que depois as coisas correram bem. Outro dado curioso é que ele teve influência na forma como eu festejava os golos, foi ele que disse para fazer daquela forma. O Jorge faz parte de mim e da minha família, convivemos muito fora", começou por revelar Chainho, em declarações à Sport TV.
"Ele conquistou muitos títulos, já toda a gente falou nisso, mas onde ele se destacou mais foi no aspeto humano, conhecemo-nos há quase 30 anos, falava muito com ele. É um dia triste. Com 53 anos, com filhos, uma vida pela frente. Estava em casa a fazer algo de que estava a gostar", prosseguiu o antigo médio, realçando, depois, o consenso em torno de Jorge Costa.
"O Jorge era unânime para toda a gente. Quando estamos num meio de crítica, um meio onde há falta de respeito, em que chegamos a um ponto em que somos muito radicais em tudo, vemos esta união em torno do Jorge Costa, isto é que é futebol. Dentro do campo tudo bem que sejamos adversários, mas fora tem de haver respeito. Quando vejo unanimidade à volta de uma figura que para mim é única, acho que temos de valorizar", rematou o antigo médio.