Dois anos após ter colocado ponto final à carreira de nove temporadas na NBA quando já pouco actuava nos Magic, Michael Carter-Williams está de volta à ação, aos 33 anos, mas não para entrar nos courts.

O antigo base, que foi 11.ª escolha do draft de 2013 por Philadelphia, eleito Rookie do Ano de 2013/14, e nas quatro primeiras temporadas, ao serviço dos 76’ers e Bucks, apresentou números que prometiam um percurso de destaque – chegando a atingir médias de 16,7 pontos, 6,2 ressaltos, 7,4 assistências e 2,0 roubos de bola -, mas que não se confirmaram nos campeonatos seguintes em que sofreu várias lesões, apostou agora no boxe.

Tem estreia, com combate de três rounds, marcada para 29 de maio, no Leman Ballroom, em Nova Iorque, como peso-pesado e integrado no evento New York's Broad Street Brawl. O adversário será Sam Khati, de 36 anos, também ele pugilista amador, e as receitas reverterão para uma instituição que ajuda jovens a recuperar do uso de drogas.

Na NBA, onde representou seis clubes mas a partir da quinta temporada nunca fez mais do que 54 jogos, e acabou por também jogar na G League, auferiu, só em salários, mais de 23,5 milhões de dólares (21,037 milhões de euros).      

«Não sei se chegar ao nível profissional está nos meus planos, mas, neste momento, há tantos caminhos diferentes que se podem seguir no boxe, por isso vou mesmo continuar a trabalhar e a explorar todas as opções».

«Vamos ver onde até onde é que isso me leva, mas quero mesmo lutar. Definitivamente, quero realizar combates. Sei que vão entrar e tentar derrubar-me, por é por isso que estou a fazer isto», declarou Carter-Williams, de 1,96m/90 kg, ao site TMZ, confirmando mais uma vez que não tem intenção de regressar à NBA nem ao basquetebol.

Assunto sobre o qual já falara à ESPN quando, há cerca de um mês, se soube que estaria a treinar na Florida para combater. «Já não há um ‘se’ para voltar ao basquetebol. Estou em paz com a minha carreira. Tive tantas realizações e vivi uma vida maior do que alguma vez poderia ter sonhado. Conheci pessoas fantásticas e sou capaz de retribuir, o que me deixa orgulhoso. Estou grato por tudo. Não me arrependo de nada. A sério que não», referiu então Michael Carter-Williams, que nos últimos dois anos tem trabalhado igualmente como comentador televisivo, mas agora terá a experiencia do boxe como aconteceu com Lamar Odom, Deron Williams, Nate Robinson ou Nick Young.