No final da derrota de Portugal frente à Dinamarca (26-29) na final do Campeonato do Mundo de andebol de sub-21, disputado esta domingo em Katowice, na Polónia, o selecionador Carlos Martingo destacou o percurso positivo deste grupo.

"Tínhamos de fazer um jogo completo e bom para podermos ganhar. Não entrámos muito bem e a Dinamarca conseguiu abrir uma vantagem na primeira parte. Ainda conseguimos reduzir um pouco e chegar ao intervalo [a perder] por quatro [golos de diferença]", começou por referir.

"Na segunda parte, andámos sempre atrás do resultado. A Dinamarca também nunca conseguiu descolar, mas, embora a nossa equipa tenha lutado durante os 60 minutos, entregando-se sempre no limite das suas capacidades, não foi suficiente e acabámos por perder. Podemos dizer que a Dinamarca, no cômputo geral, foi melhor que nós", constatou.

"A sensação é de desilusão. Achamos que esta Dinamarca não é melhor do que nós, mas, se olharmos para o percurso que fizemos até aqui, é evidente que só temos de estar orgulhosos. Há que enaltecer o extraordinário desempenho da equipa nestes 12 dias de competição e dou os parabéns a todos os jogadores. Estamos desiludidos por termos perdido hoje, mas orgulhosos pelo que fizemos nestes dias", salientou.

"O segredo passa pelo trabalho dos clubes e dos atletas e pela qualidade deles. Depois, a Federação de Andebol de Portugal dá boas condições a estes jovens, que chegam às fases finais com uma experiência muito boa. Essa mistura de qualidade com experiência a jogar a este nível faz com que os resultados apareçam", sublinhou.

"Esta geração vai dar continuidade ao grande sucesso de gerações [anteriores] e ser a futura base da seleção principal de Portugal. Esta geração nascida em 2004 e 2005 é provavelmente a mais completa e a melhor de sempre do andebol português", atirou.

[Presenças de Diogo Rêma e João Bandeira no 'sete' ideal] Embora eles tenham feito um extraordinário campeonato, a grande qualidade desta equipa é a maneira como joga coletivamente. Tivemos um grupo fortíssimo dentro e fora do campo e, depois, as individualidades acabam por aparecer. Foi justo e poderíamos ter mais um ou outro jogador no 'sete' ideal. De qualquer maneira, dou os parabéns ao Diogo Rêma e ao João Bandeira por esta nomeação, que é sempre muito prestigiante e um motivo de orgulho para eles", afirmou Carlos Martingo.