Este domingo há dérbi minhoto (20.30 horas), com o SC Braga a visitar o Estádio D. Afonso Henriques e Carlos Carvalhal sublinhou o respeito pelo adversário, mas avisou que os guerreiros vão à procura de somar mais três pontos.

«Temos vindo numa senda vitoriosa e temos vindo a fazer uma prestação fora de casa excecional, pois temos ganho muitos jogos. O mote para amanhã, com respeito pelo Vitória, é ganhar. Vamos para o jogo com a intenção de trazer os três pontos, mas com a noção de que vamos defrontar uma equipa boa, com bons valores individuais, bom treinador, organizada e que vai jogar em casa, com o apoio do seu público, penso que o estádio estará cheio. Temos estado bem fora de casa e, não nos colocando em bicos de pés, acreditamos que conseguimos vencer.»

O técnico, de 59 anos, ainda confirmou que os médios Rodrigo Zalazar, Vítor Carvalho e o central Sikou Niakaté estão de fora deste encontro, com Víctor Gómez recuperado, e ainda explicou como foi o regresso do médio uruguaio ao seio do plantel.

«Dei-lhe um abraço e acima de tudo desejei um bom regresso a casa. Sou treinador do SC Braga e ele é jogador do SC Braga. Sinto que está bem, está a recuperar de lesão, ainda no ginásio, mas sorridente e a recuperar bem.»

Qualquer jogo entre SC Braga e V. Guimarães mexe com muitas emoções, na região e entre os adeptos. Carlos Carvalhal compreende tudo isso, mas apontou para o trabalho e para tudo aquilo que a sua equipa tem de fazer para ganhar.

«Somos humanos e vivemos com emoções e sentimentos. Mas, com a experiência que vamos tendo, vamos ganhando alguma preparação psicológica e metal para lidar com as dificuldades todas. A nossa equipa técnica é equilibrada e no mundo louco em que vivemos, temos de ter equilíbrio e isso faz-nos viver estas situações com maior razoabilidade. Como adepto, tenho de manter esse lado de fora durante o jogo e durante a semana e só o manifesto no final do jogo. Muito contente quando ganho e triste quando não ganhamos.»

Depois da vitória, por 2-0, na receção ao Gil Vicente, na última jornada, o treinador dos arsenalistas referiu que a equipa não esteve tão fresca e acrescentou que podia tratar-se da mudança nos ciclos de treino, pois deixou de jogar a meio da semana. Carlos Carvalhal explicou melhor a sua ideia.

«Para explicar isso teria de falar sobre treino e se calhar a resposta seria elaborada. Mas, tentando dar um exemplo. Todos temos de nos adaptar. Estamos habituados a jogar basquetebol com os amigos, semanalmente, depois vamos jogar andebol ou futebol e por muito que estejamos preparados, há coisas que são diferentes. Tal como acontece nos jogar de três em três dias e passar a ciclos semanais de treino. Há sempre um período de adaptação. Esta época temos visto que o número de lesões das equipas que estão nas competições europeias é substancial e nós até fizemos vários jogos, até ao momento, e não temos sofrido assim tanto. Quando passamos a jogar uma vez por semana, não se joga tanto no risco ou no vermelho e as unidades de treino são diferentes.»

Carlos Carvalhal também está perto do topo dos treinadores com mais jogos pelo SC Braga, estando no segundo lugar, com 153, apenas atrás de Manuel Cajuda e ultrapassando Jesualdo Ferreira. O técnico diz que tem uma enorme honra e em jeito de brincadeira deixou uma garantia.

«Tenho muita honra em estar perto de nomes como Manuel Cajuda, Jesualdo Ferreira e Vítor Manuel. Devemos ser uma boa equipa técnica, pois sendo de Braga e fazer tantos jogos, não é fácil, temos de ter alguma coisa de especial. Também deixo isto para se refletir. Garanto que nunca serei presidente do SC Braga. Não tenho veia política. Não é a minha praia.»