Os guerreiros têm dois confrontos com o Benfica consecutivos, mas Carlos Carvalhal quer que o foco esteja totalmente na partida deste sábado da 17.ª jornada da Liga, pois sendo fora de casa, a equipa tem mais uma oportunidade para mostrar a sua melhor vertente da temporada.

«Só este jogo interessa e nada mais. O foco está todo neste jogo com o Benfica para o campeonato, no qual a equipa tem três vertentes diferentes: em casa sofrível e má; fora excelente, a segunda melhor equipa do campeonato; e uma outra que quando joga para decidir, ganha. O que queremos é manter o mesmo foco nos jogos de decisão, em casa melhorar, porque temos muito para melhorar e fora manter aquilo que temos feito. O próximo jogo é difícil, todos sabemos que é assim no Estádio da Luz, pois são uma equipa muito bem organizada, com um bom treinador. Temos feito algum trabalho de introspeção com a equipa, de focalização e esperamos que haja reflexos em tornar a equipa mais competente, mais unida e mais concentrada. Porque o adversário que aí vem é de um elevado grau de dificuldade, mas são estes desafios que ajudam as equipas a catapultar e a dar uma volta na vida e é essa a expetativa para amanhã. Respeitando o Benfica, vamos a jogo, queremos pontos e se possível vencer.»

A equipa já recebeu um reforço, com a chegada de Fran Navarro, por empréstimo do FC Porto, e o treinador mostrou-se agradado por poder contar com um jogador experiente e conhecedor do nosso campeonato.

«O Fran Navarro está convocado, disponível, se vai jogar ou não já depende das opções. O El Ouazzani tem feito um trabalho bom, não tem feito golos, mas tem trabalhado muito bem em prol da equipa. O Roberto Fernández também. São dois miúdos com uma capacidade de trabalho forte e talvez por alguma falta de confiança não estejam a chegar ao golo. Não tenho dúvidas nenhuma que são goleadores e que no futuro vamos ver que vão conseguir concretizar e finalizar. Estou muito contente com a vinda do Fran Navarro que é experiente, conhece bem o nosso campeonato, é um bom finalizador e estou muito satisfeito», explicou o técnico, de 59 anos, que insistiu nas melhores facetas da equipa para procurar o triunfo no Estádio da Luz.

«Nos jogos fora a equipa tem feito um excelente trabalho, não é imaculado porque perdemos no Estádio do Dragão e empatámos no Gil Vicente. No Dragão foi unânime que merecíamos mais, perdemos mais merecíamos no mínimo o empate. Acima de tudo, o foco está naquilo que conseguimos fazer bem, neste momento, o jogo é fora, temos tido um comportamento muito bom e o foco dos jogadores está nisso. Estamos a um nível elevado fora de casa. A nossa expectativa é que possamos vencer. Não é um jogo de tudo ou nada, obviamente que não é. Mas, por exemplo no Santa Clara em que podíamos subir ao 4.º lugar, conseguimos responder bem e ganhar. Se queremos voltar a essa posição temos de tentar ganhar. Não é uma tarefa fácil, pois vamos defrontar uma equipa que ainda não perdeu em casa nas competições internas. Os grandes desafios, são para grandes homens e é isso que digo aos meus jogadores. Os ventos fortes e tempestades também fazem os melhores marinheiros.»

Carlos Carvalhal ainda aproveitou para colocar o plantel em sentido, confessando a mensagem que transmistiu aos jogadores no primeiro dia do ano.

«No dia 1 disse aos jogadores para fazermos um ‘reset’, em relação a tudo. Ano novo, vida nova, trabalho e quem trabalhar melhor durante a semana e consoante as necessidades estratégias para o jogo, vão avançar os melhores. Também estão integrados, em igualdade de circunstâncias, três jovens: Jónatas Noro (central), Diego Rodrigues (médio) e o Francisco Chissumba (lateral-esquerdo). Amanhã vão a jogo aqueles que nós entendemos, não pelo que fizeram no passado, mas do que fizeram na atualidade, no decorrer da semana e vamos escolher os melhores. Tem a ver com o desempenho durante a semana.»

Nos últimos dias, o SC Braga tem arrumado a casa, com a rescisão do empréstimo de Rafik Guitane que regressa ao Estoril e ainda a bem encaminhada saída de João Marques, por empréstimo e o treinador explicou.

«O Guitane teve sempre um bom comportamento e desde há um mês só podia, eventualmente, três jogos e não podia sair para mais lado nenhum. Teve a ver com isso, pelo facto de não poder ser inscrito por uma terceira vez. Mesmo nesse período teve um comportamento muito bom, em termos de trabalho e atitude. O problema, na minha opinião, foi alguma falta de competitividade para o nível do SC Braga. Podia jogar, mas para isso um ou dois jogadores não podiam estar no plantel, pois não se consegue suportar alguns jogadores sem tanta competitividade. Noutro contexto podia ter sucesso. João Marques, com a vinda do Gharbi cortou o espaço de um miúdo que tem muito competência, internacional sub-21. O que digo é que em janeiro, se algum jogador manifestar vontade de sair para jogar e ser feliz, tem abertura por parte do treinador. O João Marques tem vontade de jogar e está bem encaminhado. Desejo que faça um meio ano excelente, um bom europeu sub-21 para voltar mais forte para o SC Braga na próxima época.»