
Dos cinco treinadores portugueses no Brasileirão, dois já sentem uma pressão muito alta. Pedro Caixinha, do Santos, e Leonardo Jardim, do Cruzeiro, estão obrigados a obter bons resultados no domingo, para a terceira jornada do Brasileirão, para afastarem a pressão ou mesmo o risco de despedimento. O problema é que o Peixe joga com o Fluminense no Maracanã, onde não ganha há sete anos, e a Raposa vai à casa do poderoso São Paulo.
No Cruzeiro, a crise aumentou muito após a derrota em casa com o Mushuc Runa, do Equador, para a Copa Sul-Americana. Sob o comando de Jardim, o Cruzeiro só venceu um jogo em sete partidas oficiais, mas, por agora, Pedro Lourenço, dono do clube, iliba o treinador e aponta o dedo a Alexandre Mattos, patrão do futebol. «Errámos muito nas contratações», disse Lourenço. Sobre Jardim, elogios: «Ele tem ideias boas, é um cara acima da média, comunicativo, profissional e preocupado com o Cruzeiro.»
«Se perder, cai»
«Mas sabemos como é o futebol brasileiro», diz a A BOLA, o jornalista Rafael Arruda, do Superesportes, de Belo Horizonte. «Para já, Lourenço diz estar encantado com ele mas nunca se sabe...». Na Vila Belmiro, Caixinha tem menos apoio da direção. «Se ele perde, acho que cai, sim», afirma Bruno Lima, repórter do Trivela que acompanha o Peixe. «As coisas não estão fluindo», completa. Sem provas internacionais, o Santos perdeu para o Brasileirão na casa do Vasco da Gama e empatou com o Bahia, usando o mesmo onze.
«Pode levar à admissão»
«Uma eventual derrota no Maracanã com o Fluminense pode levar à demissão», escrevem Ana Canhedo e Gabriel Oliveira, do globoesporte, citando fontes da direção do Santos que se irritaram com a repetição da equipa titular após o desaire em São Januário. «Inadmissível perder aqui, falhas gravíssimas, não podemos sofrer golos infantis como sofremos e ofensivamente quando podemos matar o jogo, temos de matar», disse, no Rio de Janeiro, após a partida, Marcelo Teixeira, líder do clube. No domingo, entretanto, Caixinha já deve contar com Neymar, recuperado quase 40 dias depois.