
Chegou a hora da verdade, o momento em que Argentina e Portugal vão parar para ver dois dos seus gigantes nacionais representar o futebol do país das Pampas e das Quinas. Depois do FC Porto entrar em campo ante o Palmeiras, o Benfica abre o pano do Mundial de Clubes frente ao Boca Juniors, na 1ª jornada do grupo C.
Regressar à base para voltar aos bons resultados
Com o Hard Rock Stadium, Miami - Flórida, como palco de um dos embates - pela história, dimensão e curiosidade na confrontação de forças futebolísticas - mais aguardados desta ronda inaugural, Bruno Lage tem todo o plantel à disposição para ir a jogo - Tomás Araújo ficou em Portugal a realizar tratamento a uma pubalgia.
Já sem Arthur Cabral entre as opções e ainda sem reforços assegurados, não parece existir muita ciência em torno das opções mais creditadas pelo treinador das águias.

Ultrapassada a dolorosa derrota no Jamor frente a um Sporting que obrigou Lage a surpreender na componente tática - as águias foram a jogo em 3-4-3 -, o regresso ao 4-2-3-1 base é mais do que provável.
Sem Tomás Araújo, a maior dúvida debate-se com a opção a ser lançada na lateral direita. Aurnses está de volta à plenitude e já foi utilizado na posição, mas é um jogador de importância-mor no momento de coordenação defensiva, pressão e elaboração do ataque organizado, em zonas mais adiantadas no terreno. Leandro Santos é o único lateral direito de raiz presente na comitiva, mas existe ainda o polivalente Samuel Dahl a entrar na equação.
Mais à frente, Di María continua à disposição, mas, a julgar pelos poucos minutos de utilização na reta final da temporada e com a preferência por Aktürkoglu e Schjelderup para as alas, o internacional argentino pode funcionar perfeitamente como um joker valioso durante a segunda parte.
Colisão intercontinental = fantasmas afastados?
Um regresso à competição, três semanas depois do duelo diante dos leões, que nem por isso deixa os encarnados em desvantagem competitiva em comparação com a turma xeneize.
Eliminados pelo Independiente nos quartos de final da Apertura argentina, o emblema sul-americano confirmou, nessa terça-feira, 20 de maio, que atravessa um período desportivo delicado.

Apesar de reter no plantel jogadores de renome como Edinson Cavani, Ander Herrera, ou nomes familiares como Marchesín ou Battaglia, a turma liderada por Mariano Herrón tem pela frente um duelo de fogo de cariz internacional, depois da também marcante eliminação na 2ª eliminatória da Libertadores, no passado mês de fevereiro.
Habitualmente escalado em 4-4-2 com extremos capazes de emprestar uma valiosa ajuda aos homens do miolo, o Boca Juniors tem em Miguel Merentiel, Milton Giménez e Carlos Palacios, armas de relevo para fazer a diferença do ponto de vista ofensivo.
Entre dois gigantes situados de cada lado do Oceano Atlântico, o veredito final joga-se pelas 23h00 desta segunda-feira.
Onzes Prováveis
Boca Juniors: Agustín Marchesín, Lucas Blondel, Rodrigo Battaglia, Ayrton Costa, Lautaro Blanco, Kevin Zenón, Tomás Belmonte, Milton Delgado, Carlos Palacios, Miguel Merentiel, Milton Giménez
Benfica: Anatoliy Trubin, Samuel Dahl, Nicolás Otamendi, António Silva, Álvaro Carreras, Florentino Luís, Orkun Kökçü, Kerem Aktürkoğlu, Fredrik Aursnes, Andreas Schjelderup, Vangelis Pavlidis