
O Boavista tornou-se este domingo a quinta equipa a trocar duas vezes de treinador na edição 2024/25 da Liga, depois de Lito Vidigal deixar os axadrezados, após seis encontros. O luso-angolano, de 55 anos, estreou-se na 22.ª jornada e acaba por sair na véspera de o Boavista defrontar o Rio Ave, na 28.ª, num período em que venceu um jogo e perdeu seis, depois de ter substituído o italiano Cristiano Bacci.
Além do Boavista, também já o Gil Vicente, o campeão nacional e líder Sporting, o V. Guimarães e o AVS já tinham trocado de treinador por mais do que uma vez, embora a primeira mexida leonina tenha sido forçada pela chegada de Ruben Amorim aos ingleses do Manchester United.
Em novembro de 2024, João Pereira foi promovido da equipa B do Sporting, da Liga 3, como sucessor de Amorim, mas durou apenas quatro jornadas e foi rendido à 15.ª por Rui Borges, contratado ao Vitória de Guimarães, no qual Daniel Sousa só ficaria por duas rondas, dando lugar a Luís Freire, que já tinha sido substituído por Rio Ave antes da 12.ª.
Apenas quatro clubes não mudaram de treinador nesta temporada, com Vasco Matos (Santa Clara), João Pereira (Casa Pia), Ian Cathro (Estoril) e Tiago Margarido (Nacional) a serem os derradeiros sobreviventes.
Numa temporada com 'chicotadas' em 14 dos 18 primodivisionários, pela primeira vez os três grandes mudaram de treinador na mesma época, com o Benfica a ser o primeiro a fazer alteração, ao dispensar o alemão Roger Schmidt, substituído pelo regressado Bruno Lage após a quarta jornada, seguindo-se a saída de Ruben Amorim do Sporting, após um pleno de vitórias nas 11 primeiras rondas do campeonato, para suceder ao neerlandês Erik Ten Hag no Manchester United.
Mais tarde, Vítor Bruno confirmaria um inédito pleno de mexidas dos 'grandes' na mesma edição, ao deixar o FC Porto no final da 18.ª jornada, com José Tavares, coordenador da formação, a assumir a transição interina até à chegada do argentino Martín Anselmi.