Está confirmado: o Benfica está fora da UEFA Youth League. Na visita aos Países Baixos, os pupilos de Vítor Vinha entraram de forma personalizada, marcaram cedo e impuseram a sua lei. No entanto, a entrada em falso no segundo tempo e o gritante desacerto no desempate por grandes penalidades ditou o adeus ao sonho da conquista da mais importante prova de clubes da Europa de sub-19, diante do AZ Alkmaar (2-2, 4-3 g.p).

Nos eixos e a prometer!

Pressionante e cheio de confiança, as águias marcaram a reta inicial do encontro pela forma assertiva como retiraram os espaços para a ligação entre setores da turma neerlandesa. Asfixiantes nos primeiros minutos, os encarnados traduziram o melhor momento em golo, sem grande direito a demora.

Francisco Neto bateu Elihah Dijkstra sobre a meia esquerda e, já dentro da área anfitriã, o camisola 7 proporcionou a João Rego a hipótese de colocar a equipa lusa em vantagem. Sagaz nesse momento, o capitão das águias fuzilou as redes de Zeggen, que apenas assistiu de forma impotente.

Em desvantagem, o AZ Alkmaar melhorou nos minutos seguintes e demonstrou rapidamente capacidade para ferir as águias. Bouziane e Julian Oerip protagonizaram os lances de maior perigo, em jeito de aviso real para o que se seguiria no segundo tempo - além disso, foi a partir destas duas unidades que os neerlandeses mais se destacavam na definição no último terço. Pelo meio, Gonçalo Oliveira, Martim Ferreira e Gustavo Varela - todos no mesmo lance - ficaram a centímetros de dobrar a vantagem encarnada, mas a vantagem mínima foi a realidade ao intervalo.

A chama ficou no balneário

Nos 45' complementares, a equipa da casa ressurgiu totalmente reconfigurada, soube libertar-se da pressão inicialmente bem imposta pelo Benfica e acabou com os frutos na mão. Bouziane assinou a igualdade com um remate de meia distância que não deixa Voitinovicius totalmente isento de culpas e, pouco depois, Anthony Smits consumou a cambalhota com uma frieza assinalável após passe do autor do primeiro golo.

Uma cenário que não podia ser visto como uma grande surpresa, dada a faceta cinzenta das águias, em total contraste com o nível exibicional da primeira parte. Sem conseguir lances de perigo nem qualquer reação palpável, valeu o forcing final e o instinto de Gustavo Varela para empurrar as decisões para grandes penalidades - pelo meio, Esajas, Oerip e Bouziane ficaram muito perto de resolver a questão -, mas nem assim as águias foram felizes.

Se do lado neerlandês, apenas Julian Oerip falhou a conversão, Gustavo Varela e Martim Ferreira permitiram as defesas de Zeggen, que assim encaminhou a passagem do AZ. No momento decisivo, Kiani Inge não tremeu e carimbou o bilhete dos neerlandeses para os oitavos e o do Benfica para o regresso a casa.