A UEFA instaurou esta sexta-feira um processo disciplinar aos israelitas do Maccabi Haifa e ao Raków, após alguns adeptos terem exibido uma faixa a chamar "assassinos" aos polacos, durante o encontro de qualificação para a Liga Conferência.

A ação disciplinar do organismo de cúpula do futebol europeu segue-se à eliminação do conjunto de Haifa às mãos do Raków, que na quinta-feira foi ganhar à 'casa emprestada' do Maccabi, na Hungria, por 2-0, seguindo para o playoff da competição.

Durante a partida, foi exibida uma tarja pelos israelitas nas bancadas que apelidava, em inglês, a Polónia de "assassinos desde 1939", rapidamente condenada pelo presidente polaco, Karol Nawrocki.

"A escandalosa faixa exibida pelos adeptos do Maccabi Haifa insulta a memória dos cidadãos polacos que morreram na II Guerra Mundial, entre eles três milhões de judeus. É um ato estúpido que não pode justificar-se de nenhuma maneira", pode ler-se na página oficial de Nawrocki na rede social X.

A segunda mão decorreu na Hungria, por razões de segurança na sequência da ofensiva israelita em curso na faixa de Gaza, território palestiniano, e teve 'resposta' dos fãs do Maccabi a uma faixa mostrada na primeira mão, que denunciava o assassínio israelita na Palestina e o silêncio mundial.

Ambos os clubes foram agora acusados de "transmitir uma mensagem desadequada para um evento desportivo", o que pode levar a multas e outras sanções, como a interdição, total ou parcial, do estádio.

Esta abertura de processo segue-se a uma série de outros relacionados com mensagens políticas, apesar de, na quarta-feira, a própria UEFA divulgado a mensagem "Parem de matar crianças, parem de matar civis", antes da Supertaça Europeia, entre Paris Saint-Germain e Tottenham.