O relatório e contas da Liga Portugal foi aprovado pelos clubes, por unanimidade, na Assembleia Geral do passado dia 27 de setembro, onde foi apresentado um resultado líquido recorde de quase 2,6 milhões de euros. Veio, agora, o organismo que tutela o futebol profissional publicar o documento integral, onde são encontrados diversos detalhes.

A Liga Portugal registou 29,1 milhões de euros em rendimentos, 16,7 M€ em gastos e quase 9,8 em distribuições. Essa distribuição é feita de forma direta às sociedades desportivas - através de prémios da Taça da Liga (totalizaram 2,25 milhões), quotas de equipas B, direitos comerciais, solidariedade com equipas despromovidas, entre outros, sendo que tudo junto deu 3,46 M€ - ou por via indireta, que significou 6,33 milhões de euros.

A distribuição indireta diz respeito aos encargos assumidos pela entidade organizadora e é aqui que entram os gastos da Liga Portugal com o sector da arbitragem. Inclui "os honorários pagos aos árbitros e observadores, as deslocações e estadas e as despesas com os membros do Conselho de Arbitragem". No total, a arbitragem custou quase 4,3 milhões de euros (4.276.546 euros, para sermos rigorosos): 3,8 M€ direcionados à arbitragem; 426 mil euros aos observadores e 43 mil ao Conselho de Arbitragem.

A verba anteriormente mencionada de 3,8 milhões de euros especificamente relacionada com os árbitros é a maior dos últimos 4 anos, pelo menos, sendo que a Liga explica este aumento com a "tecnologia VAR implementada na totalidade dos jogos" dos dois campeonatos profissionais que organiza.

Refira-se, noutro plano, que tanto o ativo como o passivo da Liga Portugal aumentaram no último ano. O passivo subiu dos 17,7 para os 31,5 milhões de euros, ao passo que o ativo ascendeu dos 25,4 aos 39,9 milhões de euros.