
No artigo de opinião publicado na edição desta semana do 'Jornal Sporting', Tito Arantes Fontes, antigo presidente do Grupo Stromp, deixou críticas ao uso de pirotecnia em Alvalade, recordando mais concretamente o episódio recente em que foram utilizados engenhos pirotécnicos na receção ao Sp. Braga que terminou com um empate (1-1).
"Este verdadeiro cancro do futebol nacional voltou a atacar! Com efeito, quase aos 80 minutos de jogo, de modo completamente estúpido e inapropriado, numa fase em que o clube pressionava e encostava o Sp. Braga à sua baliza, com o propósito de tentar alcançar o seu segundo golo (o da tranquilidade!), esta manifestação pestilenta resolveu - pela mão de uns quantos - atuar e dar um triste sinal de vida, prejudicando de modo manifesto o nosso clube! Teremos, assim, um prejuízo pecuniário pela multa que será aplicada ao Sporting, tanto mais que o jogo teve de ser interrompido por evidente falta de visibilidade e condições para a prática de qualquer desporto. Teremos além disso um prejuízo também desportivo pois que a fase de empolgamento atacante em que nos encontrávamos foi abruptamente cortada pela inenarrável atuação dessa gente, que - assim e objetivamente - foi em socorro do Sp. Braga, permitindo que o mesmo respirasse, tranquilizasse e recuperasse nos minutos de interrupção de jogo que o árbitro teve de conceder. Gente desta é mesmo gente da qual o Sporting não precisa! É gente que prejudica em vez de apoiar o clube! Fica, assim, a pergunta. até quando teremos de suportar estes comportamentos manifestamente atentatórios dos verdadeiros interesses do Sporting?", apontou Arantes Fontes, no espaço de opinião, esta quinta-feira.
Além disso, entre outros vários temas, o sócio leonino não deixou de lembrar o legado de Aurélio Pereira, figura do Sporting que terá esta quinta-feira um último adeus em Alvalade. "Morreu o nosso Aurélio! Chega-me a triste notícia já depois de escrita esta coluna., mas ainda a tempo de aqui lhe prestar a minha homenagem! Tive a sorte de o conhecer, de o cumprimentar, de beneficiar da sua gentileza e educação. Do seu fino trato. Um Senhor! E sim, Aurélio Pereira foi mesmo um Senhor! E não, não digo isso por dizer, como mera palavra, digo porque é mesmo conteúdo, do verdadeiro, do que faz sentido, do que tem substância! Curvo-me, pois, perante a sua figura nestes momentos tristes, em recolhido sentir, com a memória na sua obra e no seu legado. Paz à sua alma! Obrigado, Aurélio!", sublinhou.