
Jorge Martín não vai disputar o GP das Américas, falhando assim pelo menos as três primeiras rondas do ano. Antes de voltar, a Aprilia quer dar-lhe um teste privado em pista com a RS-GP, mas terá de negociá-lo com as outras equipas: só a Honda e a Yamaha, com concessões, podem usar os pilotos titulares em testes privados.
Paolo Bonora, gestor de equipa da Aprilia, explicou à transmissão oficial no site do campeonato: ‘Depois da lesão do Jorge, pensámos sobre quando poderíamos trazê-lo outra vez à pista. Preferimos evitar Austin, porque é uma das pistas mais exigentes em termos de pilotagem – é necessário pôr muita força no poisa-pés, então preferimos levar mais tempo para ele, para lhe dar a possibilidade de ficar a 100 por cento da situação de saúde deles’.
Tendo em conta que Martín só teve, na prática, um dia de testes de pré-época em Barcelona no passado mês de novembro, a Aprilia irá discutir com as outras equipas um teste privado para o campeão de 2024: ‘Pensamos que esta é uma ideia muito boa – não só para nós, porque nos últimos anos falámos sobre vários pilotos voltarem à pista sem serem capazes de pilotar a moto de MotoGP, e depois de só uma ou duas voltas decidiram cancelar o fim de semana. Então, pensamos que, por segurança dos pilotos, esta é uma opção muito boa para todos. Tendo um teste com a moto de MotoGP, podemos melhorar a segurança para todos e o espetáculo – porque depois de um teste com uma verdadeira MotoGP, com o pneu real, com o travão de carbono, e com tal alta potência, podemos trazer o Jorge de forma mais segura para nós e para todos. E será mais seguro também para o espetáculo, para ter a certeza de que ele está 100 por cento apto e ele é capaz de pilotar a moto’, disse Bonora.
Antes de falar com os outros construtores, a Aprilia terá de falar com a Dorna e com a Michelin, uma vez que é uma mudança regulamentar que carece de aprovação de todos. Sobre fazer este teste com uma moto de produção, Bonora explicou o motivo para não ser o mais ideal:
– Falámos sobre que pilotando uma moto de produção ele poderia avaliar se está bem e apto a pilotar, mas não é o mesmo. O peso, a potência, a reação do pneu, são completamente diferentes. Então, pensamos que podemos discutir com todos os construtores.
O italiano esclareceu também quando e onde é que poderia acontecer esse teste, caso haja aprovação: ‘O plano é testar com a nossa moto de MotoGP na semana antes de Doha, dois ou três dias antes do fim de semana, para ter a certeza da situação de saúde dele. Seria na Europa, provavelmente em Misano, onde planeamos ter um teste’.