À semelhança de Frederico Varandas, António Salvador também marcou presença num evento organizado pela UEFA para discutir a evolução do futebol feminino na Europa (The Business case of Women's football), em dia da final da Liga dos Campeões feminina em Alvalade (17h). O presidente do Sp. Braga falou sobre o investimento nas infraestruturas e, à semelhança do dirigente dos leões, salientou a necessidade de haver a promoção do talento nacional e de mais estratégias para que haja um investimento sustentável.

"A nossa equipa feminina tem perto de 10 anos. Já ganhámos todos os títulos, estamos preparados para um novo ciclo. Formar na nossa academia e sermos competitivos com jogadoras formadas em Portugal. Temos de apostar na academia", começou por referir.

Estádio Amélia Pereira

"Somos o clube em Portugal em que há um departamento autónomo para o futebol feminino. Temos infraestruturas só para futebol feminino e queremos apostar".

Investimento do Sp. Braga no futebol feminino

"Tivemos uma estratégia, que foi a criação de infraestruturas, que são importantes para o crescimento. Criámos uma cidade desportiva, onde trabalha o futebol masculino e feminino. Têm todos as mesmas áreas. Investimos num estádio, preparado para o futebol feminino. O nosso também está preparado para as mães e os bebés. Achámos que era o primeiro passo. Agora há que formar. Ainda não há jogadoras que abasteçam Portugal para competir na Europa. Temos 250 atletas na academia. Depois há o retorno do investimento. Ainda está muito desequilibrado. Acho que a Federação, juntamente com os clubes, tem de dar um passo importante na questão das receitas. Há que pensar numa centralização televisiva no futebol feminino para criar receitas".

Oportunidades futuras para o futebol feminino

"As oportunidades futuras é continuarmos a apostar na formação. Fomos campeões em sub-19. Qualificar quadros com talento para trabalhar a formação. Trabalharmos em conjunto para a angariação de mais receitas para termos um equilíbrio. Para sermos competitivos na Europa, porque só podemos crescer todos juntos, é uma visão que temos de ter. Em Portugal teremos de repensar mais receitas para podermos ser mais competitivos. É preciso criar mais condições de trabalho para elevar a competitividade".