O Grande Prémio da Hungria marcou mais um momento difícil para Lewis Hamilton, cuja frustração ficou evidente após uma sessão de qualificação abaixo das expectativas. Eliminado na Q2, o sete vezes campeão do mundo não escondeu o desalento: "Sou inútil, totalmente Inútil", afirmou, visivelmente abatido. No domingo, o cenário não melhorou e o britânico terminou a corrida na mesma 12ª posição em que arrancou e voltou a não somar pontos no Mundial. 

O episódio gerou reações em várias frentes, incluindo a de Jean Alesi, antigo piloto francês da Ferrari, que não poupou críticas à atitude do britânico. "Acho que esta postura desmoraliza quem trabalha com ele. Senna ou Schumacher nunca teriam dito uma coisa dessas", escreveu o francês num artigo publicado no 'Corriere della Sera'.

Também o jornalista britânico Martin Brundle, da 'Sky Sports', comentou o momento delicado de Hamilton, sublinhando que "as férias de verão são a altura ideal para recuperar". E acrescentou: "É doloroso ver um campeão como ele nesta situação. Esperamos que consiga ultrapassar esta fase e voltar ao seu melhor, pela qualidade e experiência que tem", acrescentou.

A desilusão em torno da Ferrari não se restringiu a Hamilton. Charles Leclerc começou o fim de semana com uma volta rápida promissora e um excelente primeiro stint, mas acabou por cair fora dos lugares de pódio. "Parecia uma comédia italiana, mas transformou-se num filme de terror", sintetizou Alesi sobre o desfecho da corrida em Budapeste.

Até George Russell, da Mercedes, teceu comentários após observar de perto o desempenho do Ferrari de Leclerc em pista: "Um carro que funciona ao sábado, mas falha ao domingo é o que mais frustra os adeptos da Ferrari".