No editorial que assina da revista Dragões de fevereiro, André Villas-Boas escreveu sobre o mês tumultuoso que o FC Porto viveu, com o despedimento de Vítor Bruno e a soma de maus resultados. «O último mês foi, de facto, um período tumultuoso que nos colocou à prova. Enfrentámos vários sobressaltos, uns mais previsíveis que outros, e fomos confrontados com enormes desafios internos e externos», admitiu.

«No entanto, confesso que tenho de estar agradecido e, sobretudo, esperançado pela resiliência que senti e continuo a sentir da parte dos Sócios, Adeptos e Parceiros do FC Porto. A forma unida como soubemos discutir e tratar internamente as questões e o espírito com que encaramos o futuro faz-nos sentir que este período não tardará a estar ultrapassado e dele sairemos mais fortes», é a sua esperança.

O dirigente abordou o resultado da auditoria interna no FC Porto. « A Auditoria forense que recentemente foi concluída é reveladora de práticas de gestão, conflitos de interesse e abuso dos recursos do FC Porto que jamais queremos ver repetidos na história do nosso clube», destacou, deixando a promessa: «Estamos a corrigir esse desvio, a reforçar as nossas estruturas e, com sacrifício, honraremos a nossa matriz de “contas à moda do Porto” e sairemos certamente mais fortes e no caminho da sustentabilidade e crescimento que ambicionamos sempre.»

Na conclusão dos negócios concretizados pela SAD, acredita que o FC Porto navega agora em águas mais tranquilas: «Com um encaixe superior a 168 milhões de euros em transferências de jogadores e a conclusão das operações Ithaka e Dragon Notes, em apenas 10 meses, o FC Porto saiu do espectro da ruína financeira em que se encontrava. Hoje, e em apenas 10 meses, posso orgulhosamente dizer-vos que a sustentabilidade económica do FC Porto está cada vez mais assegurada e com isso o seu maior propósito, a nossa existência enquanto Clube de Associados.»