
O Rio Ave ainda não oficializou a contratação do técnico Sotiris Silaidopoulos, mas a presidente Alexandrina Cruz não faz segredo de qual é a exigência desportiva que o responsável grego vai encontrar em Vila do Conde.
"Seria fácil falar em Europa, até porque estamos a construir uma equipa competitiva, mas o foco do nosso projecto, após o que apelidamos de um ano zero, é a sustentabilidade, pelo que o objetivo mínimo é fazer mais do que a última época", esclareceu Alexandrina Cruz à margem da sua intervenção no Sport Management Talks, evento que se realizou ontem no ISMAI, convicta em superar os 38 pontos obtidos na derradeira edição da Liga Betclic.
Horizonte de conforto, contudo, incompatível com a falta de comodidade que as obras em curso no Estádio do Rio Ave, seja pela reconstrução da bancada após os estragos provocados pela tempestade Martinho, em meados de março, bem como pela implementação de um novo relvado, vão gerar nos trabalhos de pré-temporada.
"Uma série de situações virou-nos a vida ao contrário. Não na definição do plantel ou na estratégia, mas ao nível do quotidiano porque o nosso estádio ainda não terá as condições mínimas quando a equipa voltar ao trabalho", asseverou a presidente, garantindo que no arranque do campeonato o já não será necessário andar com a casa às costas porque "as obras estarão concluídas".
Revolução nas infraestruturas
O Estádio do Rio Ave, bem como todos os equipamentos desportivos nas imediações do recinto vão sofrer uma revolução ao longo das próximas épocas. O projecto, que a presidente Alexandrina Cruz apelidou de "masterplan", a ser apresentado aos sócios na assembleia geral a realizar no dia 25 de junho, será dividido em quatro fases. Contempla um "novo edifício que aporte qualidade" para a equipa profissional, um centro de treinos para a academia, incluindo mais dois relvados, e terminará em 2028 com a reconstrução de uma nova bancada nascente.