As previsões do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) indicam uma subida acentuada da temperatura a partir de amanhã. O dia mais crítico será domingo, com máximas que poderão ultrapassar os 42 graus Celsius em várias regiões do país.

Depois de um início de semana marcado por alguma instabilidade atmosférica no interior Norte e Centro, com aguaceiros e trovoadas localizadas, o cenário vai mudar significativamente.

Uma zona de alta pressão vinda dos Açores irá instalar-se sobre a Península Ibérica, trazendo consigo uma massa de ar quente proveniente do Norte de África, que entrará pelo Sul de Portugal, provocando a escalada das temperaturas.

“As poeiras do Norte de África também vão chegar com o calor a partir de 27 de junho, mas sem concentrações elevadas, o que é normal para esta época do ano”, explica a meteorologista Patrícia Marques ao Expresso.

No Alentejo, as cidades de Beja, Évora e Portalegre podem registar temperaturas constantes nos 40 graus, com picos até aos 43ºC.

No Interior Centro, prevê-se que Castelo Branco atinja os 41 graus, o Fundão os 40 e a Covilhã os 38. No Vale do Tejo, Santarém será uma das zonas mais quentes, com valores a rondar os 42 graus.

Em Lisboa e Setúbal, a previsão aponta para máximas na ordem dos 38ºC. A meteorologista alerta, no entanto, para possíveis variações em relação aos registos de hoje.

No Norte Interior, Vila Real poderá chegar aos 39ºC, Bragança aos 36ºC e Miranda do Douro aos 40ºC. No litoral Norte e Centro, os termómetros deverão registar valores mais amenos: Porto entre 30 e 32ºC, Aveiro entre 28 e 30ºC, e Coimbra por volta dos 34ºC.

No Algarve, Faro poderá atingir os 35ºC, enquanto zonas do interior, como Alcoutim, poderão registar entre 40 e 42ºC.

“Com estas temperaturas elevadas, é expectável que se verifiquem noites tropicais, com mínimas entre os 20 e os 23 graus em praticamente todo o país — à exceção do Litoral Norte e Centro — na noite de 1 para 2 de julho”, acrescenta Patrícia Marques.

Apesar de os valores não configurarem recordes históricos, o IPMA mantém alerta amarelo para todo o território nacional, podendo evoluir para alerta laranja nos próximos dias.

A situação eleva também o risco de incêndio rural, que deverá agravar-se a partir de sábado: alerta vermelho para o Norte e Sul do país, e alerta laranja para o Centro. O tempo seco e as temperaturas elevadas criam condições propícias a ignições e à propagação rápida de fogos.

Texto escrito por Nadja Pereira e editado por Mariana Adam