
A alta representante da União Europeia (UE) para as Relações Exteriores, Kaja Kallas, apelou hoje para que "todas as partes" deem "um passo atrás" para evitar uma nova escalada no Médio Oriente.
"Apelo a todas as partes para que deem um passo atrás, regressem à mesa de negociações e evitem uma nova escalada. O Irão não deve ser autorizado a desenvolver uma arma nuclear, pois isso constituiria uma ameaça à segurança internacional",
Kallas acrescentou que os ministros dos Negócios Estrangeiros europeus vão debater a situação na segunda-feira em Bruxelas.
Von der Leyen pede o regresso às negociações e à via diplomática
A presidente da Comissão Europeia reafirma palavras de outros líderes europeus de que “o Irão nunca deve adquirir a bomba”.
"Com as tensões no Médio Oriente a atingirem um novo pico, a estabilidade deve ser a prioridade. E o respeito pelo direito internacional é fundamental. Agora é o momento para o Irão procurar uma solução diplomática fiável. A mesa das negociações é o único local para pôr fim a esta crise."
Donald Trump confirmou este sábado que as forças armadas dos Estados Unidos atacaram três centros nucleares no Irão, incluindo Fordow, juntando-se diretamente ao esforço de Israel para decapitar o programa nuclear do país.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano afirmou hoje que os Estados Unidos lançaram uma "guerra perigosa" contra o Irão.
⇒ EM DIRETO: EUA atacam Irão
O Presidente Donald Trump ameaçou o regime de Teerão com mais ataques se "a paz não chegar rapidamente".
Numa mensagem à nação, duas horas mais tarde, Trump instou Teerão a não responder militarmente e a optar pela paz.
"O Irão, o valentão do Médio Oriente, deve agora fazer a paz. Se não o fizerem, os futuros ataques serão muito maiores e muito mais fáceis".
Netanyahu agradece a Trump "corajoso" ataque contra instalações nucleares iranianas
Por seu lado, alguns dos principais ministros do Governo israelita felicitaram o Presidente norte-americano "pela sua decisão histórica", depois de se ter juntado à ofensiva contra o Irão.
A NATO também está a acompanhar a situação "de perto", disse hoje um porta-voz da Aliança Atlântica à EFE, enquanto os aliados negoceiam um novo objetivo de despesa militar antes da cimeira de 24 e 25 de junho em Haia.
Os ministros dos Negócios Estrangeiros da UE reúnem-se na segunda-feira para debater, entre outros assuntos, os recentes desenvolvimentos após os ataques israelitas ao Irão e a escalada das tensões na região.
Além disso, os ministros avaliarão as opções em cima da mesa para rever o acordo de associação UE-Israel, a fim de verificar se Israel está a cumprir as suas obrigações em matéria de direitos humanos no que se refere à sua ação militar em Gaza e na Cisjordânia, embora não esteja prevista qualquer decisão.
Israel e o Irão têm trocado ataques diários com mísseis e drones desde a madrugada de sexta-feira, 13 de junho, quando Israel começou a bombardear o país persa.