
A Direção-Geral das Artes (DGArtes) vai financiar 161 projetos artísticos, no programa de apoio à criação e edição de 2025, que tem um orçamento de 4,015 milhões de euros, deixando de fora 250 candidaturas, foi hoje anunciado.
De acordo com a tabela de resultados divulgada pela DGArtes, 250 projetos ficaram de fora do financiamento por "ter sido esgotado o montante global disponível" ou porque ficaram com uma pontuação abaixo do patamar de 60% nos critérios de atribuição.
Este Programa de Apoio a Projetos -- Criação e Edição de 2025 vai abranger 161 projetos, dos quais 152 são de criação e nove de edição.
A maioria dos projetos é nas áreas de teatro (75) e cruzamento disciplinar (55), seguindo-se dança (27), circo (3) e artes de rua (1).
Quanto à distribuição geográfica, a área da grande Lisboa é a que congrega mais projetos a serem apoiados (63), seguindo-se a região Norte com 35.
Na região Centro serão apoiados 30 projetos, na península de Setúbal serão dez, há nove no Alentejo, seis no Algarve, três na região Oeste e Vale do Tejo, três na Região Autónoma da Madeira e dois nos Açores.
Os projetos apoiados neste programa irão decorrer até 31 de dezembro de 2026, recorda a DGArtes.
Os seis concursos do Programa de Apoio a Projetos para 2025 da DGArtes apresentam um total de 13,35 milhões de euros, valor que se manteve inalterado face aos concursos que abriram em 2023, para concretização em 2024.
O concurso de Artes Visuais tem uma dotação de 2,33 milhões de euros, o de Música e Ópera, 3,37 milhões de euros, o de Internacionalização, 1,035 milhões de euros, o de Criação e Edição, 4,015 milhões de euros, o de Programação, 1,910 milhões de euros, e o Procedimento Simplificado, 690 mil euros.
Em 07 de julho, a associação Plateia alertou para os atrasos, "por mais um ano consecutivo", na divulgação dos resultados dos concursos de Apoio a Projetos e Apoio Simplificado.
Dias depois, a 10 de julho, o diretor-geral das Artes, Américo Rodrigues, disse à Lusa que o atraso na divulgação dos resultados dos concursos de apoio a projetos é consequência do aumento de candidaturas, já que, face ao ano anterior, cresceram "mais de 30%".
Américo Rodrigues reconheceu que a situação "preocupa os artistas", mas garantiu que "a DGArtes faz todos os esforços para ir divulgando as tomadas de decisão do júri à medida que lhe são apresentadas".