
Presidente do Governo Regional e líder do PSD-M deixou recado directo durante o Dia do Concelho, numa altura em que se perfilam dois potenciais candidatos à presidência da autarquia.
Foi com um forte apelo à coesão interna que Miguel Albuquerque, presidente do Governo Regional da Madeira, encerrou a sua intervenção na cerimónia do Dia do Concelho da Ribeira Brava:
“Temos de refrear os egos e evitar lutas fratricidas. É preciso encontrar uma solução de unidade”.
A mensagem, lida como um claro aviso político, surge num momento em que se adensam as movimentações em torno da sucessão na liderança da Câmara Municipal, com os nomes de Jorge Santos e Hélder Gomes, vice-presidente e deputado na Assembleia Municipal, a surgirem como potenciais candidatos. Ambos estavam presentes na cerimónia, separados apenas por escassos metros.
Albuquerque alertou para a importância da estabilidade e da continuidade no projecto político que permitiu o progresso do concelho: “Um dos segredos do sucesso foi a mobilização da população em torno de uma liderança. Este projecto tem de ter continuidade.”
Num discurso que combinou reconhecimento pelo trabalho feito com visão estratégica para o futuro, o presidente do Governo não poupou elogios à gestão municipal, afirmando que “foi feita uma obra fantástica” na Ribeira Brava ao longo dos últimos três mandatos.
Destacou ainda que “o futuro da Madeira reside na obra física, mas também e, sobretudo na formação, na educação e no acesso à cultura”, sublinhando que “as próximas gerações serão as mais qualificadas de sempre” e que esse trabalho “é visível aqui na Ribeira Brava”.
Enalteceu a colaboração com a sociedade civil e o entendimento institucional: “Sempre nos entendemos. Ninguém consegue construir nada sozinho. E assim é em qualquer lado.” Falou de uma obra que é “tangível e intangível” e que, acima de tudo, “fala ao coração dos ribeira-bravenses”.