Os 15 homens alvos de sanções estão todos ligados ao Gabinete Geral 313 do Departamento da Indústria de Munições da Coreia do Norte, já está sujeito a sanções da ONU, de acordo com o Ministério dos Negócios Estrangeiros sul-coreano.

O Ministério indicou, em comunicado, acreditar que os norte-coreanos operam no estrangeiro, realizando atividades cibernéticas ilegais, como o roubo de criptomoedas, para capturar moeda estrangeira para financiar o programa nuclear e de mísseis do regime de Kim Jong-un.

A Coreia do Sul adicionou também a empresa Chosun Kum Jong Economics Information Technology Exchange à lista de entidades alvo de sanções económicas que vão entrar em vigor na próxima segunda-feira.

O Ministério disse acreditar que a empresa envia trabalhadores do setor das tecnologias de informação para o estrangeiro, principalmente para a China e outros países da Ásia, para canalizar fundos obtidos pelo regime através do cibercrime.

Na terça-feira, as polícias do Japão e dos Estados Unidos acusaram um grupo de piratas informáticos da Coreia do Norte de roubar criptomoedas no valor de quase 300 milhões de euros, num ataque contra a bolsa japonesa DMM Bitcoin.

Na semana passada, a empresa norte-americana Chainalysis, que analisa o setor das criptomoedas, disse que piratas informáticos ligados à Coreia do Norte roubaram cerca de 1,34 mil milhões de dólares (1,29 mil milhões de euros) de plataformas de moeda eletrónica em 47 ciberataques diferentes este ano, um número recorde para Pyongyang.

O programa de guerra cibernética da Coreia do Norte remonta, pelo menos, a meados da década de 1990.

Em 2020, um relatório militar dos EUA indicava que a unidade de guerra cibernética da Coreia do Norte, chamada de "Gabinete 121", tem seis mil membros também a operar no estrangeiro, incluindo Bielorrússia, China, Índia, Malásia e Rússia.

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos abriu vários processos criminais relacionados com piratas informáticos norte-coreanos nos últimos anos, alegando frequentemente uma motivação com fins lucrativos.

Em 2021, o departamento acusou três programadores informáticos norte-coreanos por uma vasta gama de piratarias globais, incluindo um ataque contra os estúdios da Sony Pictures Entertainment, em retaliação pelo lançamento do filme satírico sobre a Coreia do Norte "Uma Entrevista de Loucos".

Em julho passado, a justiça dos Estados Unidos acusou Rim Jong-hyok, um homem suspeito de trabalhar para uma das agências de informação militar da Coreia do Norte, de envolvimento numa conspiração para piratear prestadores de cuidados de saúde norte-americanos.

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