A Rússia rejeitou a proposta ucraniana para uma troca de territórios entre os dois países revelada pelo Presidente Volodymyr Zelensky.

"Isso é impossível. A Rússia nunca discutiu e nunca vai discutir uma troca envolvendo territórios", declarou o porta-voz da presidência russa, Dmitri Peskov, acrescentando que as forças ucranianas que ocupam parte da região de Kursk vão ser aniquiladas ou expulsas.

Também o antigo chefe de Estado russo, Dmitry Medvedev, garante que Moscovo já mostrou que tem capacidade para alcançar a "paz através da força", pelo que garante que a nação não aceita a proposta de Zelensky.

A Rússia controla quase 20% do território do país vizinho, mais de 112.00 quilómetros quadrados, enquanto Kiev tem em sua posse apenas 450 quilómetros quadrados da região russa de Kursk, de acordo com mapas do campo de batalha consultados pela Reuters.

Em entrevista ao The Guardian, Zelensky revelou que estava disposto a oferecer uma troca direta de territórios à Rússia de forma a pôr fim à guerra.

Ataque russo em Kiev

Esta troca de palavras acontece numa altura em que as forças fiéis a Moscovo voltaram a atacar a capital ucraniana, Kiev.

Na madrugada desta quarta-feira, o exército russo lançou 71 drones sobre a cidade, um ataque que matou pelo menos uma pessoa e feriu outras três.

A Ucrânia garante que conseguiu abater seis das aeronaves não tripuladas.

Na reação a este ataque, o Presidente ucraniano acusou Vladimir Putin de não estar preparado para a paz e pediu união e firmeza aos países aliados para combater a Rússia.

Guerra na Ucrânia discutida em Paris e Bruxelas

A guerra na Ucrânia vai ser esta quarta-feira tema de discussão em duas reuniões em Paris e Bruxelas.

Na capital francesa, o encontro vai juntar os ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia e do Reino Unido.

A imprensa internacional avança que poderão também estar presentes o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, e o enviado para a Ucrânia, Keith Kellogg.

Já em Bruxelas, está agendada uma reunião na sede da NATO do chamado Grupo de Contacto para a Defesa da Ucrânia, do qual Portugal faz parte.

O encontro marca a estreia do novo secretário da Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth.