
A Rússia e a Hungria discutiram hoje o fornecimento de gás russo a Budapeste no Fórum Económico de São Petersburgo, apesar da pressão da União Europeia para se afastar da energia russa, indicou a empresa Gazprom.
"No Fórum Económico Internacional de São Petersburgo 2025 teve lugar uma reunião de trabalho entre Alexei Miller [presidente da Gazprom] e o ministro dos Negócios Estrangeiros húngaro, Péter Szijjártó. As partes discutiram questões relacionadas com o fornecimento atual e futuro de gás", informou a empresa russa de energia Gazprom na rede social Telegram.
Segundo a empresa, na reunião, as duas partes "sublinharam que a Rússia e a Hungria têm tido relações fiáveis e mutuamente benéficas na esfera energética durante muitos anos".
"Em 2025, completar-se-ão 50 anos desde o início do fornecimento de gás russo à Hungria", observou a Gazprom.
A Hungria tem afirmado repetidamente que vai continuar a importar gás russo, apesar da "pressão política" do Ocidente para que Budapeste reduza os seus laços com Moscovo.
Em outubro passado, a presidente da Comissão Europeia (UE), Ursula von der Leyen, criticou Budapeste por não se afastar das fontes de energia russas, o que Szijjártó descreveu como "pressão política", insistindo que a Hungria está empenhada em "assegurar o fornecimento de gás russo".
O governo húngaro, chefiado pelo ultranacionalista Viktor Orbán, é visto como o aliado mais próximo do Kremlin.
Szijjártó garantiu que o seu país não pode passar sem o gás que compra à empresa russa Gazprom, razão pela qual o acordo de 15 anos que assinou em 2021 com a Gazprom e que permitiu à Hungria importar um total de 6,7 mil milhões de toneladas de gás em 2024, continua em vigor ao abrigo do qual a Hungria importou um total de 6,7 mil milhões de toneladas de gás russo em 2024, continua em vigor.
"Até agora, não recebemos uma proposta melhor do que a dos nossos parceiros russos. Ninguém apresentou uma fonte mais barata ou mais fiável. A minha pergunta é: porque é que havemos de mudar?", frisou.