
É a maior operação de recrutamento da Rússia desde o início da guerra na Ucrânia. O presidente russo, Vladimir Putin, ordenou o serviço militar obrigatório para 160 mil jovens no país.
A decisão abrange jovens com idades entre os 18 e os 30 anos. De acordo com a agência de notícias russa Interfax, tem efeitos a partir desta terça-feira.
Os jovens chamados a cumprir o serviço militar obrigatório deverão reforçar o exército russo até julho.
De acordo com investigações de jornalistas independentes na Rússia, foi possível identificar mais de 100 mil soldados russos mortos desde o início da invasão da Ucrânia. Kiev alega, contudo, que as perdas totais da Rússia se aproximam de 1 milhão, entre mortos e feridos.
A chamada de mais jovens para as forças militares acontece numa altura em que estão em negociação cessares-fogo entre a Rússia e a Ucrânia, através da mediação dos Estados Unidos da América (EUA).
Zelensky fala em planos para "grande ofensiva" russa
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, alega que a Rússia está a empatar o processo de negociação e a preparar uma grande ofensiva em três regiões, para conquistar mais territórios ucranianos antes de haver um acordo de paz.
“De acordo com os nossos serviços de inteligência, a Rússia está a preparar novas ofensivas em Sumy, Kharkiv e Zaporíjia”, declarou o Chefe de Estado ucraniano.
“Estão a arrastar as negociações e a tentar arrastar os Estados Unidos para discussões sem fim e sem qualquer significado sobre falsas c ondições para a paz, para ganharem tempo e tentarem capturar ainda mais territórios. Putin quer negociar de uma posição de maior força. Ele só pensa em guerra”, afirm ou Zelensky.
Apesar desta denúncia, o presidente norte-americano, Donald Trump – que já se assumiu “irritado” com a postura de Vladimir Putin - manifestou a crença de que o líder russo vai concordar com a assinatura de um acordo de paz, para pôr fim à morte de ucranianos e russos no conflito.