
O número, compilado pelo SCMP, equivale a cerca de metade do total registado em 2024.
Números das autoridades da Educação, escolas primárias e secundárias apontam para 11 casos suspeitos de suicídio entre janeiro e abril.
O jornal em língua inglesa contabilizou, além disso, mais quatro casos em maio, com base em 'media' locais, elevando o total para, pelo menos, 15 incidentes conhecidos, numa média de três por mês.
O Departamento de Educação de Hong Kong afirmou anteriormente que um padrão observado, nos últimos cinco anos, sugere que o número de suicídios é, em geral, mais elevado durante os períodos de maio a julho e de setembro a novembro.
A região chinesa totalizou 28 mortes de estudantes por suicídio em 2024, uma diminuição em relação aos 32 em 2023. Os números para 2022 e 2021 foram de 25 em cada ano.
Ainda de acordo com o jornal, a secretária para a Educação, Christine Choi Yuk-lin, deverá discutir a saúde mental dos estudantes e medidas de apoio numa reunião no parlamento, na sexta-feira.
Também em Macau, o número de suicídios entre os mais novos tem aumentado.
Em maio, numa sessão do parlamento, o deputado Ron Lam, notando que o suicídio entre a camada jovem merece atenção, levou os seguintes números para o plenário: o registo, em 2024, de quatro casos na faixa etária dos 5 aos 14 anos - a primeira vez que se registou mais de um caso neste grupo, nos últimos dez anos - e nove casos entre os 15 e os 24 anos, "o maior número verificado nos últimos dez anos".
Os valores da tentativa de suicídio também se mantêm elevados, declarou o parlamentar, indicando terem chegado aos 249 casos no ano transato, número que representa "um aumento de 1,5 vezes em comparação" com 2015.
Também aqui, o deputado chamou a atenção para o que está a acontecer com os mais jovens, revelando que as tentativas de suicídio na faixa de idades entre os 5 e os 24 anos, nos últimos cinco anos, representam "em média", 40% do total de casos, quando entre 2015 e 2019, a média era de 20%.
Lam, que pertence ao grupo de deputados eleitos por sufrágio direto, salientou que, para que a sociedade possa estudar e analisar causas e tendências do suicídio, é necessária maior transparência na informação divulgada pelas autoridades. Esta, segundo afirmou, é limitada.
Apesar de um aumento em 2024, o Governo de Macau anunciou um recuo dos valores no primeiro trimestre deste ano, revelando o registo de 18 casos, menos quatro do que no período homólogo anterior.
Um comunicado do Instituto de Ação Social aponta que os casos "deveram-se principalmente aos problemas relacionados com o jogo ou finanças, doenças mentais, doenças crónicas ou doenças fisiológicas".
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