
"Não escondo que, para mim, a questão mais importante são as garantias mútuas de segurança. Esta cláusula de apoio mútuo em caso de agressão contra um dos nossos países é a própria essência deste tratado", afirmou Donald Tusk, antes de viajar para França, aos meios de comunicação social.
Questionado sobre um possível guarda-chuva nuclear francês, do qual a Polónia gostaria de beneficiar, Tusk indicou que o tratado "abre também a possibilidade de cooperação nesta área".
"A disposição que incluímos no tratado sobre este assunto, e é essa a especificidade que prezamos, é que, no caso de uma ameaça, um ataque contra a Polónia e a França, os dois países se comprometem a prestar assistência mútua, incluindo assistência militar", disse.
Donald Tusk e o Presidente francês, Emmanuel Macron, assinam, esta tarde, em Nancy, um tratado de amizade e cooperação para reforçar a parceria entre os dois países, um sinal da crescente influência da Polónia na Europa como um ator-chave no flanco leste virado para a Rússia.
O encontro de Tusk e Macron decorre quando a UE celebra os 75 anos da construção europeia e a Rússia, que invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022, o 80.º aniversário da vitória sobre a Alemanha nazi e o fim da Segunda Guerra Mundial.
"O objetivo deste tratado é consagrar a amizade franco-polaca e reforçar nos domínios da segurança, da defesa, das infraestruturas, da energia, entre outros, a parceria bilateral", indicou a presidência francesa.
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