Portugal enfrenta a Geórgia na terça-feira, em Trencin, na Eslováquia, e está a um ponto dos 'quartos' do Europeu de futebol de sub-21, chegando à jornada decisiva do Grupo C na liderança, face à diferença de golos.

Com os dois primeiros colocados a rumarem à fase seguinte, a equipa nacional soma os mesmos quatro pontos da França, segunda, sobre a qual tem quatro golos de vantagem, critério de desempate em vigor, após a igualdade entre ambos na ronda de estreia (0-0).

Os georgianos ocupam o terceiro lugar, com três pontos e hipóteses de qualificação, ao contrário da Polónia, quarta e última, ainda a 'zeros' e já afastada, após ser goleada por Portugal no sábado (5-0), sofrendo o resultado mais volumoso da 25.ª edição do torneio.

Dois golos e uma assistência logo na primeira meia hora do avançado Geovany Quenda, que tem 18 anos e é o mais jovem da seleção treinada por Rui Jorge, lançaram os lusos para uma noite implacável nas transições, retificando a ineficácia do duelo com a França.

No dia em que alcançaram o recorde de 30 jogos do antigo médio Manuel Fernandes no escalão, o capitão Henrique Araújo e Paulo Bernardo dilataram distâncias a caminho do intervalo, com o suplente Rodrigo Gomes a fechar o marcador dentro da meia hora final.

A equipa das 'quinas' igualou a maior vitória da sua história em fases finais de Europeus, que tinha sido fixada pelos mesmos números face à Alemanha, nas 'meias' da edição de 2015, cuja final perdeu diante da Suécia através do desempate por grandes penalidades.

Portugal subiu ao primeiro lugar da 'poule', beneficiando da derrota da Geórgia diante da França (3-2), que ainda permitiu a reviravolta no último quarto de hora, mas empatou à entrada para os descontos e triunfou com um tento de Thierno Barry já ao minuto 90+12.

Os georgianos perderam pela primeira vez à sexta partida em Europeus de sub-21, num histórico iniciado há dois anos, quando, na condição de coanfitriões, a par da Roménia, derrotaram os lusos na primeira fase (2-0), com tentos de Giorgi Gagua e Saba Sazonov.

Geórgia e Portugal superaram a primeira fase, mas foram afastados nos 'quartos', sendo que Irakli Azarovi, Sazonov, Saba Khvadagiani, Otar Mamageishvili, do Famalicão, Luka Gagnidze, Nodar Lominadze e Gabriel Sigua estão agora a disputar a segunda fase final pela equipa liderada por Ramaz Svanadze, tal como sucede com Samuel Soares, Paulo Bernardo e Henrique Araújo no conjunto de Rui Jorge, que soma 125 duelos no escalão.

Com cinco desses 'repetentes' já lançados na seleção 'AA', os 'jvarosnebi' estruturam-se em '4-3-3' e foram segundos no Grupo C de qualificação, com 19 pontos, 11 abaixo dos Países Baixos, batendo a Croácia no play-off (7-6 nos penáltis, após 3-3 na eliminatória).

Depois de duas partidas em Zilina, a Geórgia ruma até Trencin para desafiar Portugal na terça-feira, às 18:00 locais (17:00 em Lisboa), no Estádio Sihot, onde os lusos disputam toda a fase de grupos, formato introduzido em 2000 e que já passaram por quatro vezes (2004, 2015, 2021 e 2023), contra outras tantas eliminações (2002, 2006, 2007 e 2017).

A equipa nacional está a um golo dos 500 entre qualificações e fases finais de Europeus, seguindo atrás de Espanha (586), Alemanha (578), Inglaterra (567), campeã em título, e Itália (513), numa fase em que tem 147 vitórias, 38 empates e 51 derrotas em 236 jogos.

Rafael Rodrigues e os titulares Chico Lamba, João Muniz e Diogo Nascimento estão em risco de exclusão para os 'quartos', nos quais Portugal poderá defrontar a Dinamarca, já apurada no topo da 'poule' D, a Ucrânia, os Países Baixos ou a Finlândia, alinhando em Zilina em 21 de junho, caso vença o Grupo C, ou em Presov no dia seguinte, se for 'vice'.

A 25.ª edição do Europeu de sub-21 começou na quarta-feira e acabará em 28 de junho, com a final no Estádio Tehelné pole, em Bratislava, sendo que Portugal, finalista vencido em 1994, 2015 e 2021, procura um inédito troféu na 10.ª participação, e terceira seguida.