
Cerca de 11.300 milionários saíram de Londres em 2024, na maioria por razões fiscais e à autoexclusão do Reino Unido da União Europeia, segundo um levantamento de duas consultoras de investimento, que fez manchete no jornal The Times.
Portugal foi um dos países eleitos por quem decidiu sair do Reino Unido, a par de St. Kitts and Nevis, Espanha, Emirados Árabes Unidos e Itália.
A quantificação destes titulares de riqueza é feita a partir da posse de ativos, que não bens imobiliários, com um valor mínimo de um milhão de dólares, segundo as autoras do levantamento, Henley & Partners e New World Wealth.
Na contagem feita, Londres conta 215.700 milionário, abaixo dos 227 mil de 2023, o que coloca agora a capital britânica abaixo de Los Angeles, que conta com 220.600.
Esta redução de milionários em Londres ocorre desde há uma década, o que é atribuído a subidas de impostos, às consequências da crise de 2008 e à saída da União Europeia.
Além de Londres, cujo total de milionários diminuiu 12% desde 2014, Moscovo é a única cidade das 50 consideradas a perder elementos desta população rica, que encolheu 25%.
A lista é liderada por Nova Iorque, com 384.500 milionários, seguida por San Francisco (342.400), Tóquio (292.300) e Singapura (242.400), a que se seguem Los Angeles e Londres.
O 'top 10' inclui ainda Paris (160.100), Hong Kong (154.900), Sydney (152.900) e Chicago (127.100).
Em San Francisco esta população de ricos quase duplicou (98%) em 10 anos.
Andrew Amiols, da New World Wealth, disse que o "domínio crescente" dos EUA e da Ásia na tecnologia levou vários milionários do setor no Reino Unido "a reconsiderar a sua base".
Outros fatores que mencionou para explicar o caso britânico incluíram o Brexit, o imposto sobre as mais-valias e as heranças e ainda o declínio da bolsa londrina em proveito de Frankfurt e Dubai.