A Polícia Judiciária (PJ) lança a partir de hoje uma campanha de comunicação para alertar e sensibilizar o público sobre crimes relacionados com a proteção dos direitos de autor, nomeadamente o acesso a conteúdos ilegais e pagos.

Numa nota, a PJ informa que a campanha terá a duração de um ano e explica que "surge no âmbito dos esforços contínuos da PJ no combate ao crime informático e na proteção dos direitos de autor", alertando para "os impactos económicos e legais do acesso e distribuição ilegal de conteúdos".

A PJ destaca que a pirataria audiovisual tem impactos não apenas na economia, mas também na segurança de quem a utiliza, acrescentando que, além de comprometer a sustentabilidade da indústria, "coloca também em risco a segurança dos utilizadores", expondo-os à partilha dos seus dados pessoais e possível roubo dos mesmos.

Fonte policial explicou à agência Lusa que, tal como é citado nos clips da campanha, esta ação visa plataformas como a IPTV, em que quem acede paga um preço bastante baixo para ter acesso a todos os canais disponíveis, inclusive desportivos.

A informação será veiculada através de diversos meios, incluindo televisão e redes sociais, para informar a população sobre as penalizações legais associadas a esta prática criminosa, bem como à falta de segurança digital dos utilizadores que recorrem a serviços ilegais de transmissão.

A campanha concretiza-se com a emissão de dois filmes, com o mote "Não é só um jogo. É crime. És criminoso?"

"A pirataria audiovisual não é um crime sem vítimas. Afeta milhares de profissionais e coloca os utilizadores em risco, expostos a ciberataques e roubo de dados pessoais", reforça a PJ.

Na nota, a Judiciária reafirma o seu compromisso na investigação e repressão deste tipo de criminalidade, contando com a colaboração de entidades nacionais e internacionais na luta contra a pirataria digital.

Encoraja também os cidadãos a optarem por serviços legais de transmissão e a denunciarem plataformas ilegais através dos canais oficiais da Polícia Judiciária.

A PJ informa ainda que os dois filmes desta campanha estão disponíveis para utilização durante um ano a partir de hoje, data a partir da qual a sua reprodução em qualquer meio ou plataforma já não será possível.