Um carro foi contra um grupo de pessoas que celebrava a passagem do ano, nesta madrugada de quarta-feira, na rua Bourbon Street, em Nova Orleães, nos EUA. Segundo avança a AFP, as autoridades locais confirmam que, pelo menos, 15 pessoas morreram e 35 ficaram feridas.

O atropelamento ocorreu no movimentado Bairro Francês da cidade de Nova Orleães, pelas 03:15 (hora local). Os feridos foram transportados para cinco hospitais locais. A polícia diz que ainda tem poucos dados sobre as vítimas, mas acredita que a maioria são moradores.

O suspeito do ataque morreu após um tiroteio com a polícia, segundo a informação de autoridades policiais à Associated Press (AP).

A NBC News avança que a identidade do autor do crime já foi revelada pela polícia local, tratando-se de Shamsud Din Jabbar, um homem de 42 anos.

A comissária da polícia Anne Kirkpatrick disse à imprensa que o ataque foi intencional e que o motorista estava "fortemente determinado a causar uma carnificina".

"Depois de atropelar a multidão, o condutor saiu do [veículo] e começou a disparar"

O FBI está agora a investigar a tragédia de Nova Orleães “como um ato de terrorismo”, afirma a ABC News.

Testemunhas disseram à CBS News que um veículo colidiu, em alta velocidade, com uma multidão na Bourbon Street, tendo o condutor saído e começado a disparar uma arma e a polícia respondido aos tiros, informação confirmada, à SIC Notícias, pelo jornalista nos EUA Ricardo Durães.

No momento em que houve o "impacto do carro na multidão, existiu uma ação policial imediata. O condutor saiu do veículo e disparou várias vezes", descreveu Ricardo Durães.

Encontrado suposto dispositivo explosivo no local

O FBI também está a investigar o que aconteceu e a responsável pelo departamento do FBI na cidade, Alethea Duncan, afirmou que as autoridades estão também a investigar a descoberta de, pelo menos, um suposto dispositivo explosivo no local.

O incidente ocorreu no final das celebrações do Ano Novo em Nova Orleães e horas antes do pontapé de saída do AllState Bowl, um jogo de futebol americano universitário realizado no Caesars Superdome, na cidade, com a presença esperada de milhares de pessoas.

Informações citadas pelas agências de notícias dão conta de que dois polícias foram baleados e ficaram feridos.

A agência de emergências NOLA Ready aconselhou as pessoas a manterem-se afastadas da zona.

Biden informado dos desenvolvimentos sobre "horrível" ataque, Trump já se pronunciou

Fonte oficial da Casa Branca disse que Biden foi informado dos últimos desenvolvimentos pelo FBI, e que assim continuará a ser, e que ligou à presidente da Câmara (Mayor) de Nova Orleães, LaToya Cantrell, a oferecer apoio federal.

Por outro lado, Donald Trump já reagiu em público ao "ato de pura maldade", associando-o à imigração ilegal.

"A taxa de criminalidade no nosso país está num nível que ninguém nunca viu antes. (...) A Administração Trump apoiará totalmente a cidade de Nova Orleães, enquanto é investigado e se recupera deste ato de pura maldade!", lê-se na publicação feita por Donald Trump na sua rede social .

SIC Notícias

Carrinha terá sido alugada através de uma aplicação

A ABC News avança que o veículo que atropelou a multidão é uma carrinha Ford F-150 Lightning, alegadamente alugada pelo aplicativo Turo, usado para reservar carros de aluguer. O proprietário da carrinha foi entrevistado pelo órgão de comunicação social e está a colaborar com o FBI nas investigações.

Mayor de Nova Orleães considera ataque terrorista

A presidente da Câmara (Mayor) de Nova Orleães, LaToya Cantrell, considerou que foi um "ataque terrorista". Numa breve conferência de imprensa, Cantrell disse que os detalhes exatos do que aconteceu ainda estão a ser investigados e que está em contacto a todo o momento com o governador do Estado (Louisiana).

"Ato horrível de violência", foi assim que o governador da Louisiana, Jeff Landry, considerou esta tragédia na rede social X (antigo Twitter), pedido à população para "orar por todas as vítimas e pelos primeiros socorristas no local".

[Atualizado às 19:07]

- Com Lusa