Pedro Proença assumu, esta segunda-feira, a presidência da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) rumo ao quadriénio 2024-2028, em sucessão de Fernando Gomes, 10 dias depois dederrotar Nuno Lobo nas eleições do organismo.

A partir das 11:30, na FPF Arena Portugal, na Cidade do Futebol, em Oeiras, os novos órgãos começaram a ser empossados, numa cerimónia que estava originalmente marcada para 18 de fevereiro, mas foi adiada, devido às cerimónias fúnebres do ex-presidente do FC Porto Pinto da Costa.

Roberto Martínez discursou na Cidade do Futebol e garantiu que pretende continuar a "dar tudo" para conquistar o único título que escapa à Seleção: o Mundial. O selecionador nacional reconheceu que a FPF é "uma das melhores federações do mundo".

Carriço e Domingos Paciência estão "ansiosos" para começar

Já os antigos futebolistas Domingos Paciência e Daniel Carriço assumiram-se ansiosos por iniciarem funções na direção da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) sob a liderança de Pedro Proença, hoje empossado.

"O nosso futebol está melhor, estamos a evoluir e queremos dar continuidade a essa evolução. Espero que os próximos sejam anos dourados, como têm sido até aqui", afirmou Daniel Carriço ainda antes da cerimónia.

"Reunimos uma excelente equipa para dar resposta a todos os desafios que vamos enfrentar", assegurou Carriço, ainda antes de ser empossado, prometendo "um enorme sentido de responsabilidade e profissionalismo" para "dar resposta e ajudar ao que for proposto, em prol do futebol e de Portugal".

Domingos Paciência apresentou-se com "ambição", para concretizar um "projeto aliciante".

"Chegamos com grande ambição e a acreditar no projeto de toda a equipa. É natural que haja alguma ansiedade em querer começar", referiu o antigo avançado do FC Porto, também ex-treinador de Sporting e Sporting de Braga.

Prometendo "tudo para fazer o melhor pelo futebol português, mantendo, agora, o lema da campanha, que é unir o futebol", Domingos Paciência escusou-se a responder a questões sobre polémicas recentes do futebol nacional.

O guarda-redes Beto, antigo internacional português, que integrou a comissão de honra de Proença, assinalou o início de "uma era diferente", confiando no "efeito multiplicador" do antigo árbitro, sem deixar de "agradecer o que Fernando Gomes fez".

Equipa de Proença

O 32.º dirigente máximo da FPF será acompanhado no elenco diretivo por José Fontelas Gomes, chefe do Conselho de Arbitragem (CA) nos últimos dois mandatos de Fernando Gomes, e os antigos futebolistas Toni, Domingos Paciência e Daniel Carriço, bem como Sofia Teles e Pedro Xavier, das associações de Porto e Beja, Júlio Vieira, ex-líder da de Leiria e integrante da equipa de Gomes, e Sandra Costa Parente, à frente da empresa Liga Centralização.

Primeiro suplente na lista apresentada por Pedro Proença para a direção, o presidente da associação de Coimbra, Horácio Antunes, vai ocupar a vaga do homólogo do Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol (SJPF), Joaquim Evangelista, que abdicou de tomar posse, sob pena de ser obrigado a renunciar ao cargo assumido em novembro de 2024 na direção mundial da Federação Internacional de Associações de Futebolistas Profissionais (FIFPro).

Já o antigo secretário de Estado social-democrata Luís Campos Ferreira vai liderar a Mesa da Assembleia Geral (MAG), que conta ainda com o socialista João Paulo Rebelo, ex-governante responsável pela pasta do Desporto, nas funções de secretário.

Luciano Gonçalves, que encabeçava a Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol (APAF), assumirá o CA, enquanto Ana Raquel Sismeiro vai presidir ao Conselho Fiscal (CF), cabendo a Sandra Oliveira e Silva, líder da Comissão de Instrutores da LPFP, o Conselho de Disciplina (CD), e a Luís Verde de Sousa a chefia do Conselho de Justiça.

De saída da FPF está o economista Fernando Gomes, que foi empossado pela primeira vez em 17 de dezembro de 2011 e finalizará o terceiro e último mandato permitido por lei, numa altura em que é candidato à presidência do Comité Olímpico de Portugal (COP), tendo pela frente os ex-secretários de Estado do Desporto Laurentino Dias e Alexandre Mestre.

Vitória por larga margem

Quatro dias antes, o gestor e antigo árbitro internacional Pedro Proença, que comandava a Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) desde 2015, tinha somado 62 votos (75%) entre os 84 delegados participantes nas eleições da FPF, contra 21 (25%) do advogado Nuno Lobo, líder da Associação de Futebol de Lisboa (AFL) nos últimos 13 anos, havendo ainda um voto em branco.

Proença, de 54 anos, estava a cumprir o terceiro e derradeiro mandato na LPFP, até 2027, mas despediu-se formalmente dos clubes na sexta-feira, em Assembleia Geral no Porto.

Por proposta da direção, a diretora-executiva coordenadora Helena Pires foi designada como presidente interina até ao sufrágio do organismo regulador do futebol profissional, em 11 de abril, findo o qual passará a exercer funções como secretária-geral federativa.

Com LUSA

Artigo atualizado às 12:44