
A ministra da Saúde solicitou à Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) a abertura de um processo de inquérito ao caso de uma jovem grávida que teve o parto numa rua do Carregado, no concelho de Alenquer.
"O procedimento foi já determinado pelo Inspetor-Geral das Atividades em Saúde para investigar os factos relativos à assistência prestada pela Linha SNS 24 e pelo Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU), no momento da ocorrência, bem como à assistência prestada pela Unidade Local de Saúde do Estuário do Tejo à grávida", refere o Ministério da Saúde em comunicado.
Segundo o jornal Expresso, além do processo de inquérito aberto pela IGAS, os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) também abriram “uma averiguação interna, a fim de aferir o sucedido”.
Caso aconteceu esta segunda-feira
Uma jovem de 28 anos deu ontem à luz, com a ajuda dos pais, em plena rua, no Carregado. De acordo com o Correio da Manhã, a mulher estava grávida de 40 semanas e cinco dias e tinha ido à pastelaria quando começou a ter as contrações.
Ao que a SIC apurou, foram os Bombeiros Voluntários de Alenquer que tomaram conta da ocorrência, tendo sido acionados pelas 10:30 pelo Centros de Orientação de Doentes Urgentes (CODU), e chegado ao local pelas 10:38.
Chegados ao local, o parto já tinha ocorrido. Uma viatura médica de Torres Vedras chegou já quando mãe e bebé estavam dentro da ambulância dos bombeiros de Alenquer, tendo assistido ambos e verificado que estavam bem. Seguiram depois para o Hospital de Santarém.
Segundo o Correio da Manhã, mal começaram as contrações, a família ligou para a Saúde 24, mas foi-lhes dito que fossem até ao hospital de carro, apesar desta ser doente de risco. Após a resposta da Saúde 24, terão ligado para o 112 a pedir ajuda, no entanto, segundo a família, a chamada demorou a ser atendida e quando atenderam, falavam inglês.
A jovem estava a ser seguida no Centro de Saúde de Alenquer e há cerca de três semanas pediu para ser seguida pela Maternidade Alfredo da Costa, em Lisboa. O pedido terá sido recusado, segundo a mãe da gestante, "porque tinha muitas grávidas em fim de gestação e não tinha para onde as mandar".