
Entre as 03:15 (23:15 de sexta-feira em Lisboa) e as 12:00 (08:00), o espaço aéreo vai estar fechado, de acordo com aquele departamento.
O anúncio surge depois de o Governo paquistanês ter alegado que a Índia disparou mísseis contra "instalações militares chave", como as bases aéreas de Noor Khan, Shorkot e Murid.
"Os sistemas de defesa aérea neutralizaram e intercetaram estes ataques hostis a tempo", escreveu o Governo na rede social X.
As autoridades confirmam que não se registaram vítimas nem danos materiais.
"A Índia deve preparar-se para a reação do Paquistão. As forças armadas do Paquistão estão totalmente preparadas para defender a pátria, o espaço aéreo e a segurança nacional", lê-se na mensagem.
Poucas horas antes, a Índia acusou o Paquistão de "utilizar os aviões civis como escudos" ao não fechar o espaço aéreo civil.
A crise entre as duas potências nucleares, desencadeada por um ataque terrorista mortal a 22 de abril, que matou um grupo de turistas na Caxemira administrada pela Índia, tem vindo a agravar-se nas últimas semanas, tendo aumentado com um bombardeamento por Nova Deli, na quarta-feira, de alegadas bases terroristas em território paquistanês.
Desde então, os países vizinhos têm trocado acusações de ataques com 'drones'.
A Índia disse que o Paquistão utilizou, na sexta-feira, entre 300 e 400 veículos aéreos não tripulados contra dezenas de pontos do território indiano.
Islamabad, por seu lado, negou qualquer envolvimento nestes ataques e comunicou a interceção e destruição de 48 'drones' indianos nas últimas 24 horas.
A nível terrestre, continuam as trocas de tiros e de artilharia ao longo da Linha de Controlo, a fronteira de facto entre os dois países na disputada região de Caxemira.
Pelo menos 80 pessoas morreram desde o início do conflito. A Índia registou 49 mortes, incluindo os 26 turistas indianos que perderam a vida no ataque terrorista.
Do lado paquistanês, o número de mortos é de 33, com mais 62 feridos, incluindo 14 soldados.
CAD // CAD
Lusa/Fim