O PAN Madeira reitera que "é fundamental que se saiba quem são os imigrantes que vêm para a Região, de onde vêm, em que condições vivem e em que moldes exercem a sua actividade laboral na Região Autónoma da Madeira".

O partido alerta para o surgimento de "vários relatos preocupantes de que muitos destes imigrantes recebem salários bastante abaixo do mínimo legalmente estabelecido e vivem em condições desumanas, muitas vezes invisíveis aos olhos da sociedade". Contudo, prossegue, "não existem dados oficiais concretos que permitam avaliar com rigor esta realidade, e o Governo Regional parece preferir ignorar esta problemática, deixando à margem os direitos humanos básicos".

Para o PAN Madeira, "aquilo que está verdadeiramente em causa são os direitos humanos destas pessoas". Como refere Válter Ramos, vice porta-voz do PAN Madeira, "a proteção da dignidade humana deve ser inegociável em qualquer sociedade que se diga democrática; fechar os olhos às condições em que vivem e trabalham muitos imigrantes na Madeira é compactuar com a injustiça."

Perante este cenário, o PAN Madeira propõe "a abertura de um posto da Agência para a Imigração e Mobilidade (AIMA) na Região Autónoma da Madeira, permitindo um acompanhamento mais próximo e eficaz da situação dos imigrantes". Defende ainda que seja "implementado um controlo sério e organizado das chegadas ao Aeroporto Internacional da Madeira, de forma a melhor compreender o percurso que estas pessoas realizam na nossa região e garantir que os seus direitos sejam garantidos assim como também os deveres2.

Conclui, dizendo que "a Madeira tem a responsabilidade de se afirmar como uma terra de oportunidades e de respeito, não como um território onde a exploração e a falta de dignidade se tornem normalizadas".