O submarino, com cinco pessoas a bordo, três de nacionalidade brasileira, um espanhol e um colombiano, tinha como destino a Península Ibérica. Em conferência de imprensa, foram reveladas imagens e novos promenores sobre a “operação Nautilus”, "um rude golpe numa organização criminosa".

Presentes, além do diretor da Polícia Judiciária (PJ) estavam a Marinha e a Força Aérea portuguesas, a Guardia Civil de Espanha, a Drug Enforcement Administration do EUA e a National Crime Agency do Reino Unido, e a Guardia Civil no Maritime Analysis and Operations Centre – Narcotics (MAOC-N).

"Este semi-submersível é o primeiro a ser apreendido em pleno oceano. Sete toneladas que chegam hoje a terra, detidos relevantes, acesso a equipamento vital", destacou Luís Neves, diretor da PJ.

Os suspeitos, com três nacionalidades diferentes (Brasil, Colômbia e Espanha) deverão ser presentes a um juiz de instrução criminal na quarta-feira, em Lisboa, indicou o diretor nacional da PJ, Luís Neves, em conferência de imprensa conjunta com os responsáveis das várias forças envolvidas, incluindo a Guardia Civil de Espanha.

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De acordo com Luís Neves, a organização em causa é uma de muitas que tentam "encharcar a Europa de muita cocaína", um negócio que está na base de vários crimes, desde corrupção e branqueamento de capitais, a sequestros, raptos e mortes, pelo domínio de territórios.

Luís Neves sublinhou que foi a primeira vez que se conseguiu concretizar uma operação com estas características, em pleno oceano, uma vez que com frequência os submarinos são afundados para omitir a prova.

"Estamos a falar de muitos milhões que estão aqui em causa", disse.

Escusando-se a identificar o país de origem da droga, por ainda decorrerem operações "do outro lado do Atlântico", o responsável da PJ referiu que a droga é proveniente da América do Sul.

"Isto é uma guerra contra o crime organizado", sublinhou Luís Neves, ao referir-se aos meios envolvidos.

Submarino é, afinal, mais um semi-submersível

Marinha Portuguesa

O diretor da PJ explicou ainda que os submergíveis usados nestas rotas são construídos pelos próprios carteis de droga, em estaleiros artesanais ilegais. "São manufaturados e equipados com tecnologia de ponta", afirmou.

Em colaboração com as autoridades espanholas têm sido desmantelados vários estaleiros onde são construídas lanchas rápidas para este fim.

"Normalmente, estas organizações têm grande capacidade económica", sustentou Luís Neves.

Com LUSA