
Taylor Swift é agora detentora dos direitos musicais de todos os álbuns que gravou. A notícia foi partilhada, esta sexta-feira, pela cantora, que estava há anos a regravar a própria música, depois de esta ter sido vendida pela sua antiga editora a terceiros.
Numa carta partilhada com os fãs no seu site oficial, Taylor Swift anuncia que conseguiu comprar os registos dos seus primeiros seis álbuns.
A saga da estrela norte-americana para voltar a deter os direitos sobre a própria música começara em 2019, quando a sua primeira editora, a Big Machine Records, os vendeu ao empresário Scooter Braun - então responsável pelas carreiras de grandes nomes da pop, como Ariana Grande, Justin Bieber e Kanye West, com quem Taylor Swift tinha uma conhecida inimizade.
Na altura, não foi dada à cantora a oportunidade de ela própria comprar os direitos dos seis álbuns que gravara enquanto era artista daquela editora. E Taylor Swift fez questão de tornar o caso público, mostrando o quão transtornada tinha ficado.
Desde então, a cantora assinou contrato com uma nova editora, a Republic Records, sob a condição de deter os direitos sobre todos os novos álbuns que gravasse. E embarcou numa jornada para regravar e relançar os seis antigos álbuns que gravara com a Big Machine Records, de forma a tornar aquela música sua de novo. Edições mais completas dos álbuns, com novas faixas e surpresas para os fãs, sempre sob a denominação “Taylor’s Version” (“A Versão da Taylor”).
“Toda a música que alguma vez criei agora pertence-me"
Entretanto, os direitos sobre os primeiros seis álbuns originais da artista mudaram de dono. Em novembro de 2020, o empresário Scooter Braun vendeu-os, por 300 milhões de dólares, ao fundo de investimento Shamrock Capital. Que, agora, aceitou negociar a venda do catálogo de Taylor Swift de volta à cantora.
O valor da venda não foi divulgado, mas, na carta partilhada pela artista com os fãs, Taylor Swift garante que o processo foi “honesto, justo e respeitoso”.
“Toda a música que alguma vez criei agora pertence-me", escreve a artista. “Todos os meus videoclips . T odos os filmes de concertos . A s fotografias e arte dos álbuns . A s canções inéditas. As memórias . A magia. A loucura. Cada uma das eras. O trabalho de uma vida inteira.”
A cantora sublinha ainda a importância do caso para lançar o debate em relação os direitos dos artistas sobre a própria música.
“Cada vez que um novo artista me diz que negociou os direitos à sua música com uma editora por causa desta luta, volto a lembrar-me do quão importante foi que tud o isto acontecesse”, aponta.
Faltava ainda a Taylor Swift relançar dois dos discos que gravara: o álbum de estreia Taylor Swift (de 2006) e Reputation (de 2017). Com esta compra dos direitos sobre os álbuns originais, a cantora deixa de ter necessidade de lançar estas regravações. Mas, na carta que escreveu aos fãs, Taylor Swift explica que estas novas versões poderão ainda ver a luz do dia “no tempo certo”, se o público assim quiser.
Entre 2021 e 2023, a cantora regravou os álbuns Fearless (lançado originalmente em 2008), Speak Now (de 2010), Red (de 2012) e 1989 (de 2014), batendo recordes e chegando novamente aos topos das tabelas de vendas. Um impulso para aquela que haveria de ser a digressão musical mais lucrativa de todos os tempos – e que teve passagem por Lisboa, com dois concertos no Estádio da Luz, em maio de 2024 -, a The Eras Tour.