Na madrugada de sexta-feira, Israel lançou uma ofensiva contra o Irão, designada “Lion Rising”, atingindo alvos nucleares e militares, incluindo a instalação de enriquecimento de urânio em Natanz. O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, justificou os ataques com a alegada iminência de Teerão fabricar armas nucleares, referindo-se a um alegado programa secreto com capacidade para produzir até nove bombas atómicas. A operação causou 78 mortos e mais de 300 feridos, incluindo civis, cientistas e altos responsáveis militares iranianos, como o chefe do Estado-Maior Mohammad Bagheri e o comandante da Guarda Revolucionária Hossein Salami. Em resposta, o Irão lançou mísseis e drones sobre Israel, provocando explosões em Jerusalém e Telavive. Apesar da maioria ter sido intercetada, alguns atingiram edifícios residenciais. A Guarda Revolucionária prometeu que a “vingança apenas começou”. As reações internacionais variaram: os EUA confirmaram ter colaborado na defesa de Israel e pressionam por novo acordo nuclear; França e Reino Unido apelaram à contenção; Marcelo Rebelo de Sousa sugeriu que o ataque visou desviar atenções de Gaza. O conflito também teve reflexos nos mercados: o petróleo subiu 7%, o ouro aproximou-se de máximos históricos, e as bolsas registaram quedas significativas. A tensão no Médio Oriente atinge agora um novo patamar, com consequências globais ainda imprevisíveis. O Leste/Oeste foi emitido na SIC Notícias a 15 de junho.

Expresso

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