Um novo dispositivo eletrónico está a ser utilizados pelas Forças Armadas ucranianas para desviar bombas planadoras de alta precisão russas disparadas contra o seu território.

O Kyiv Post, que cita a revista especializada em Defesa e Segurança Militarniy, reporta que, desde que a tecnologia está a ser aplicada, os ataques russos com recurso a bombas planadoras têm sido menos eficazes.

As forças russas utilizam desde a primavera de 2023 um acessório que é acoplado às bombas guiadas, que têm como destino o território ucraniano. Este acessório permite que a bomba plane de forma certeira contra o alvo.

Esta inovação representou uma grande vantagem para o exército fiel ao Kremlin, que atacou, com sucesso, durante largos meses as defesas terrestres ucranianas.

Os ucranianos decidiram reagir e desenvolveram um dispositivo, conhecido como Lima, que interfere com o sistema de orientação das bombas lançadas pelo país vizinho.

Com isto, a trajetória do engenho é alterada de forma a evitar que caia em localizações indesejadas.

As primeiras notícias de que Kiev estaria a utilizar este sistema de defesa surgiram em fevereiro nos meios de comunicação ucranianos.

Em março, a agência noticiosa da Ucrânia UNIAN escrevia que o “Lima” estava a ser instalado em diversos pontos e que parecia ser eficaz.

“Os ucranianos conseguiram criar um sistema de guerra eletrónica que tornou as bombas guiadas russas extremamente imprecisas e, por conseguinte, ineficazes, apesar do seu grande poder. Após a instalação do sistema de guerra eletrónica, a precisão dos bombardeamentos começou a diminuir e, depois, ao aperceber-se da ineficácia deste método de destruição e da impossibilidade de atingir o objetivo estabelecido, o inimigo deixou de bombardear as instalações d e retaguarda” , lê-se numa análise publicada no dia 23 de março.